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CCZ NA ESCOLA MARCELO SCHMIDT
Alunos do EJA – Educação de Jovens e Adultos – da Escola Marcelo Schmidt estão estudando os problemas ocasionados pelo descarte incorreto de lixo e o CCZ foi convidado a complementar estas orientações com palestra que aborda animais e doenças relacionados à estas ações.
Após a palestra, os alunos puderam observar animais peçonhentos recolhidos em residências de nossa cidade



RIO CLARO REALIZA AÇÕES NA SEMANA ESTADUAL DE MOBILIZAÇÃO PARA PREVENÇÃO ÀS ARBOVIROSES
De 08 a 12 de Novembro ocorreu a Semana Estadual de Mobilização para Prevenção às Arboviroses.
O objetivo desta semana é a promoção em todos municípios do estado de São Paulo, de ações simultâneas para conscientização sobre arboviroses e reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti, vetor de arboviroses como a Dengue, Zika e Chikungunya, com a retirada de recipientes favoráveis à sua proliferação.
O que são arboviroses?
O termo arbovírus deriva da expressão inglesa ARthropod BOrne VIRUSES, adotada, em 1942, para designar grupo de infecções virais cujos agentes foram isolados de animais que tinham participação na etiologia das encefalites
Arboviroses são as doenças causadas pelos arbovírus. A classificação “arbovírus” engloba todos aqueles transmitidos por insetos e aracnídeos (como aranhas e carrapatos).
Atualmente, são conhecidas no mundo mais de quinhentas espécies de arbovírus, dentre os quais 150 tem potencial para causar doenças em humanos. Destas, no Brasil há duzentas espécies, das quais aproximadamente quarenta podem afetar o homem.
Do ponto de vista do número de pessoas acometidas, a vasta maioria das arboviroses é transmitida por mosquitos, onde destaca-se o Aedes aegypti, por sua habilidade de transmitir vários arbovírus diferentes e por ser um vetor urbano altamente adaptável.
Ações em Rio Claro
Em nosso município ações preventivas contra mosquitos e as doenças por eles transmitidas, são realizadas diariamente e foram intensificadas durante esta semana.
Mutirões foram realizados no final de semana em bairros onde o índice de criadouros positivos (com larvas), foram significativos durante os trabalhos de Breteau ou LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) que tem por objetivo mapear os criadouros do mosquito transmissor em diferentes regiões do município. Esta ação teve a parceria da Secretaria de Meio Ambiente que recolheu possíveis criadouros separados por moradores e pelos agentes de endemias com o Caminhão Cata Bagulho.



Ação conjunta entre o Centro de Controle de Zoonoses, Vigilância Sanitária, Departamento de Obras , Meio Ambiente e Defesa Civil foi realizada em um ferro velho, cadastrado como ponto estratégico próximo ao centro da cidade, onde foram retirados inicialmente 17.020 kg de material inservível e o proprietário multado. Os trabalhos de remoção deverão continuar durante os próximos dias.



Faixas foram fixadas em locais de grande circulação de pessoas como na Lagoa Seca, no Cervezão, onde estava estacionado o ônibus realizando exames de mamografia e nos semáforos do centro da cidade.




Agentes distribuíram folhetos informativos no trânsito



No Jardim Público, região central da cidade, onde há uma grande circulação de pessoas , foi montado um “stand” com vidrarias com amostras do ciclo do mosquito Aedes aegypti, e de outros vetores de arboviroses como Flebotomínios, transmissores de Leishmaniose visceral e cutânea, Triatomíneos, transmissores da doença de Chagas, carrapatos, transmissores de Febre Maculosa e animais peçonhentos.
Além de poder conhecer de perto estes vetores, o público recebeu folhetos informativos e material didático para as crianças.









A utilização de bonecos com brincadeiras e teatralização durante as exposições, chamou bastante a atenção do público para o evento que estava sendo realizado.





Aproveitando a ocasião, agentes realizaram ação na água da fonte luminosa da praça onde verificaram a presença de larvas e de mosquito.



Publicações referente à arboviroses em redes sociais e imprensa foram intensificadas com publicações de pesquisas, curiosidades, dicas e ações realizadas.




Jornal Cidade Rio Claro
Jornal Diário do Rio Claro
Palestras






A informação é fundamental para que o público tenha conhecimento das arboviroses, ciclos e ações que são necessárias para o controle de vetores e consequentemente, das doenças por eles transmitidas.
O engajamento de toda população é fundamental para o sucesso dos trabalhos preventivos realizados pelos órgãos públicos.
CCZ ORIENTA CRIANÇAS DO PROJETO DA RUA PARA CASA
O Projeto “da Rua para a Casa” é uma ONG sem fins lucrativos que atua desde 2019 na região do Jardim das Paineiras e que tem como propósito transmitir através da recreação, bons valores e amparo social para crianças e suas famílias.
Como muitas famílias atendidas são coletores de materiais recicláveis , a direção da entidade convidou o setor de Educação e Comunicação do Centro de Controle de Zoonoses para ministrar a palestra “Lixo = Bicho – Animais e doenças relacionadas ao descarte incorreto de lixo” para conhecimento das famílias sobre a necessidade de acondicionar corretamente o material até a venda do mesmo, evitando assim a atração de insetos, roedores e as doenças que eles podem transmitir.
O interesse durante a palestra foi gratificante e a curiosidade para conhecer os animais expostos em vidraria, foi bem grande entre as crianças e as mães presentes.
LIXO NO LUGAR ERRADO = BICHOS DENTRO DE CASA
QUEM JOGA LIXO EM RUAS, PRAÇAS, TERRENOS, ESTRADAS, PENSA ESTAR SE LIVRANDO DELE, MAS ESTÁ GERANDO PROBLEMAS PARA TODA A CIDADE
O lixo, entulho, móveis velhos, restos de podas descartados incorretamente, atraem roedores, animais peçonhentos, mosquitos que depois buscam por abrigo em nossas casas e podem causar muitos transtornos e doenças.
A Prefeitura de Rio Claro, através da Sala Verde, que é um setor da Secretaria de Meio Ambiente e com apoio da empresa Sustentare, produziram um folheto informativo sobre o tema e a utilização dos serviços municipais oferecidos.
O material será distribuído nas repartições da Fundação Municipal de Saúde para orientações ao público e outros setores municipais, como a Sala Verde, Secretaria de Meio Ambiente e Canil Municipal.
Estes folhetos ajudam a complementar os serviços de orientação realizados pelo CCZ através do setor de educação e comunicação que, realiza palestras como “Lixo = Bicho – Animais e doenças relacionadas ao descarte incorreto de lixo” em escolas, empresas, projetos, igrejas, etc., visando uma maior conscientização dos munícipes sobre ações de descarte corretas e utilização dos serviços públicos oferecidos, tais como: coleta diária, coleta seletiva, Eco Pontos e caminhão Cata Bagulho.
O Centro de Controle de Zoonoses agradece a importante parceria que, auxilia na prevenção de doenças que podem ser transmitidas aos moradores pelos animais atraídos por descarte incorreto de materiais.
6 de Julho – Dia Mundial das Zoonoses
Celebrado anualmente, em 6 de julho, o Dia Mundial das Zoonoses foi criado para enfatizar a discussão acerca do tema. A data faz referência ao dia em que o cientista francês Louis Pasteur aplicou com sucesso a primeira vacina antirrábica, em 1885.
Zoonoses são as enfermidades transmitidas naturalmente entre os animais e o homem, podendo ser causadas por vários agentes etiológicos. Dentre eles, destacamos protozoários, vírus, bactérias, fungos, helmintos e rickéttsias.
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS/ONU), 60% das doenças infecciosas humanas e 75% das novas doenças que infectaram os seres humanos nas últimas décadas têm origem animal. É cada vez mais comum que doenças mudem de espécies e se espalhem na população, em meio ao crescimento das cadeias de agricultura e abastecimento alimentar.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) determinou que a saúde humana e a saúde animal são interdependentes e vinculadas à saúde dos ecossistemas em que existem, no conceito chamado de Saúde Única (One Health).
“Assim, toda ação, atividade e estratégia de vigilância, prevenção e controle de zoonoses de relevância para a saúde pública, desenvolvidas e executadas pela área de vigilância de zoonoses, processo epidemiológico de instalação, transmissão e manutenção de zoonoses, requer a presença técnica da Medicina Veterinária, considerando a população exposta, a espécie animal envolvida, a área afetada, todas vinculadas ao foco da saúde única, integrando de forma definitiva meio ambiente, saúde animal e humana”, acrescenta o presidente da CNSPV.
Tudo isso mostra que a atuação do médico-veterinário está ligada também à saúde humana. O profissional está presente na inspeção de produtos de origem animal, na saúde do meio ambiente, a fim de evitar a proliferação de doenças como a leishmaniose, assim como no tratamento e prevenção de zoonoses. O médico-veterinário, pelo seu amplo e diversificado currículo, tem de forma singular a capacidade de compor equipes de saúde e nelas aplicar seus conhecimentos em relação a profilaxias, diagnóstico clínico e laboratorial, terapêuticas, epidemiologia, inspeção, vigilância, extensão, educação, prevenção e promoção à saúde.
Zoonoses e arboviroses: conheça mais sobre o tema
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) determinou que a saúde humana e a saúde animal são interdependentes e vinculadas à saúde dos ecossistemas em que existem, no conceito de Saúde Única (One Health).
Artigo publicado na aponta que cerca de 60% das enfermidades que acometem humanos são zoonoses e 75% das doenças conhecidas como emergentes e reemergentes são de origem animal. De acordo com o do Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, em 2020 já foram notificados 30.763 casos prováveis de dengue no país.
Esses dados indicam que a atuação do médico-veterinário está ligada também à saúde humana. O profissional está presente na inspeção de produtos de origem animal, na saúde do meio ambiente, a fim de evitar a proliferação de doenças como a leishmaniose, assim como no tratamento e prevenção de zoonoses e arboviroses.
Quais são as diferenças entre zoonoses e arboviroses?
Zoonoses são as enfermidades transmitidas naturalmente entre os animais e o homem, podendo ser causadas por vários agentes etiológicos. Dentre eles, destacamos protozoários, vírus, bactérias, fungos, helmintos e rickettsias.
Arboviroses são enfermidades que também incluem zoonoses, só que causadas especificamente por arbovírus e transmitidas por artrópodes, como insetos e aracnídeos*. Comuns em regiões de clima tropical e subtropical, existem 545 espécies de arbovírus, sendo que 150 delas causam doenças em seres humanos.
Quais são as principais doenças de cada tipo?
Zoonoses: raiva, leishmaniose, esporotricose, febre maculosa, teníase/cisticercose, hidatidose, brucelose, tuberculose e mormo;
Arboviroses: febre amarela, dengue, Zika, Chikungunya, febre do Nilo, febre do Mayaro e encefalites.
Liste as principais medidas de prevenção.
Vacinação, saneamento básico, higiene, atuação dos órgãos de vigilância, inspeção de alimentos, defesa sanitária animal e educação ambiental.
E as principais formas de transmissão?
Há diversas formas de transmissão, como por meio de alimentos, terra, água, mordedura, arranhões e lambeduras de animais, além de picadas de insetos e outros artrópodes.
Como é o tratamento?
Vai depender do tipo de agente etiológico causador da enfermidade. Em geral, as ocasionadas por bactérias, fungos e protozoários possuem arsenal terapêutico relativamente vasto, como antibióticos, antifúngicos, antimoniais, dentre outros. Já para as enfermidades virais, em sua maioria, é usada uma medicação de suporte, porém a ferramenta mais importante para a prevenção de algumas dessas enfermidades imunopreviníveis é a vacinação.
Qual é o papel do médico-veterinário nesse contexto?
O médico-veterinário, pelo seu amplo e diversificado currículo, tem de forma singular a capacidade de compor em equipes de saúde e nelas aplicar seus conhecimentos em relação a profilaxias, diagnóstico clínico e laboratorial, terapêuticas, epidemiologia, inspeção, vigilância, extensão, educação, prevenção e promoção à saúde.
*Segundo a CNSPV/CFMV, já foi comprovado o papel dos aracnídeos (carrapatos) na transmissão de algumas arboviroses em varios países do mundo. No Brasil, vários estudos identificaram a presença de agentes virais e zoonóticos nos carrapatos, porém, ainda não foi estabelecida sua participação e importância epidemiológica no ciclo de transmissão.
Fonte: CFMV – Conselho Federal de Medicina Veterinária
LEPTOSPIROSE – LAVAR EMBALAGENS É IMPORTANTE
Durante a atual pandemia muitas pessoas passaram a limpar embalagens para evitar contaminação. Mas esta limpeza não é importante apenas para evitar a Covid-19
A Leptospirose é uma doença causada pela bactéria, Leptospira spp que está presente, principalmente na urina do rato.
Outros animais como cães, bovinos e suínos, também podem adoecer e transmitir a leptospirose ao homem.
Como a contaminação pode ocorrer em qualquer local frequentado por ratos, como residências, terrenos baldios, poças de água e lama, beiras de córregos ou galerias de esgoto, cuidados preventivos são importantes.
Embalagens de alimentos como ou bebidas também podem ser contaminadas com o xixi dos roedores nos estoques de comércios ou em nossa própria casa.
A contaminação em animais ocorre com a penetração da bactéria através da pele ou mucosas (olhos, nariz, boca e ânus) ou pela ingestão de água ou alimentos contaminados pela urina do rato. Pequenos ferimentos na pele podem facilitar a penetração da bactéria através da pele. O perigo aumenta com as chuvas, pois a água se contamina com a urina dos ratos.
No Brasil, são registrados, em média, 3,7 mil episódios ao ano.
Após o contato com a bactéria, o período de incubação varia. Os sinais demoram de uma a três semanas para aparecerem. Se houver um contato prolongado com a água contaminada, eles tendem a se manifestar mais rapidamente.
Para detectar a leptospirose, é necessário primeiramente analisar os sintomas. Mas a confirmação vem por meio de um exame de sangue.
O principal sintoma nos quadros brandos são olhos e pele amarelados. A urina também sai escura e em menor quantidade e surgem febre e dor muscular, especialmente nas panturrilhas e nas pernas. Diarréia e dor abdominal também podem ocorrer.
Para prevenção à esta doença devemos eliminar hábitos que possam contribuir para a proliferação dos ratos, tais como jogar lixo e entulho em córregos, bueiros, praças, terrenos baldios, evitar a presença de roedores no convívio humano e no ambiente dos animais, utilizar luvas e botas de borracha ao fazer limpeza de caixa de esgoto, canis, evitar contato com água parada de enchentes, terrenos encharcados, lagoas, córregos, manter terrenos limpos, vegetação aparada e livre de entulhos, recolher o alimento dos animais no período noturno, vacinar os cães contra a leptospirose com V8, V9, V10 , lavar embalagens de alimentos e bebidas antes de utilizá-las.
A solicitação para colocação de raticida deve ser feita para o Centro de Controle de Zoonoses, através da Ouvidoria Municipal: 3526-7105.
SOLDADOS DO TIRO DE GUERRA RECEBEM INFORMAÇÕES DO CENTRO DE CONTROLE DE ZOONOSES
Divididos em várias turmas para evitar aglomerações, soldados do Tiro de Guerra de Rio Claro, receberam o setor de educação e comunicação do Centro de Controle de Zoonoses, representado pela palestrante Solange Mascherpe, para conhecerem sobre os problemas gerados pelo descarte incorreto de lixo através da palestra: “Lixo = Bicho – Animais e doenças relacionados pelo descarte incorreto de lixo”.
Na oportunidade, puderam ter conhecimento sobre criadouros de mosquitos, sintomas e prevenção de Dengue, Zika, Chikungunya, roedores, animais peçonhentos, caramujos, pombos, entre outros tópicos. Após a apresentação, os soldados puderam conferir a vidraria com animais peçonhentos encontrados na cidade.
Na busca de parcerias para a conscientização na utilização dos serviços municipais referentes ao descarte de materiais e prevenção de doenças relacionadas, os soldados, oficiais e familiares são muito importantes para estes trabalhos preventivos.
CCZ PARTICIPA DE CURSO DE ATUALIZAÇÃO DA DEFESA CIVIL
Durante o mês de Maio, a Defesa Civil de Rio Claro promoveu em suas dependências o “V Curso de Atualização Técnica de Defesa Civil”.
O objetivo do evento anual é manter os colaboradores atualizados nos diversos segmentos em que atuam.
O Centro de Controle de Zoonoses participou com a palestrante Solange Mascherpe abordando os temas “Animais Peçonhentos” e “O Aedes Aegypti e as arboviroses transmitidas”. Após as apresentações os funcionários puderam conferir vidraria com os animais peçonhentos em exposição e o ciclo do mosquito transmissor da Dengue, Zika, Chikungunya e Febre Amarela.
Todas as ações foram realizadas respeitando-se as orientações preventivas contra o Covid-19 como a utilização de máscaras, higienização das mãos e distanciamento entre os participantes.
CCZ PARTICIPA DE CICLO DE PALESTRAS NA GUARDA MUNICIPAL
A Guarda Civil Municipal de Rio Claro está realizando um ciclo de palestras para seus profissionais, visando a capacitação para uma melhor qualificação e eficiência nos serviços prestados pelos GCM’s.
O setor de educação e comunicação do Centro de Controle de Zoonoses participou com a palestrante Solange Mascherpe ministrando os temas: Lixo = Bicho – Animais e doenças relacionadas ao descarte incorreto de lixo, Febre Maculosa e Posse Responsável de Animais. Assuntos pertinentes aos trabalhos diários das equipes da guarda.
Respeitando normas preventivas contra o Covid, como distanciamento, utilização de máscaras e higienização das mãos, as turmas foram divididas e as palestras foram realizadas durante dois dias para evitar assim, uma maior aglomeração.
Após o encerramento, os integrantes receberam certificados de participação.
Nossos agradecimentos ao comando da Guarda Civil Municipal pelo convite e oportunidade às informações; importantes parcerias para o desenvolvimento dos colaboradores e dos serviços públicos.
Água sanitária é uma ótima ‘arma’ contra o mosquito Aedes aegypti
O hipoclorito de sódio se mostra eficaz para matar as larvas do mosquito que transmite dengue, zika, febre amarela e chikungunya

O combate à larva do Aedes aegypti, no Brasil, é uma questão tão séria que se transformou quase uma “guerra”. Além da conscientização das pessoas em relação aos perigos de deixar água parada em casa, é importante saber como inibir o crescimento dos mosquitos. Uma solução é o uso da famosa água sanitária (hipoclorito de sódio diluído). Além das doenças causadas pelo Aedes (dengue, zika, febre amarela e chikungunya), a substãncia ajuda a prevenir contra leptospirose, hepatites A e E e gastroenterites.
“O produto é capaz de matar a maior parte de germes e bactérias causadores das doenças transmitidas pela água contaminada das enchentes. Além disso, é de fácil acesso à população e tem baixo custo”, explica o médico toxicologista Flavio Zambrone, da Associação Brasileira da Indústria de Cloro, Álcalis e Derivados (Abiclor).
Uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), a pedido da Abiclor, comprovou a eficácia do hipoclorito de sódio no combate às larvas do mosquito Aedes aegypti. O estudo, realizado entre abril e maio deste ano, descobriu que a água sanitária possui eficácia média de 75% por um período de até 120 horas.
Nas primeiras 24 horas do experimento, houve uma eficiência do hipoclorito de sódio na mortalidade dos mosquitos em diferentes concentrações (1 ml, 2 ml e 3 ml por litro de água). A dosagem de 2 ml/l de água foi a que apresentou a maior porcentagem de mortalidade larval, chegando a 75 no intervalo de 24 horas.
Já em 48 horas, observou-se um aumento no índice de eficiência de mortalidade das larvas, que alcançou 92,5% no tratamento com 3 ml/l de água sanitária.
No teste adicional com uma dose de 4 ml/l, duas vezes superior à recomendada, a mortalidade foi de 80% em 24 horas. “Portanto recomenda-se o uso de uma dose de 10 ml/l para matar 100% das larvas do mosquito em 24 horas”, diz o professor Valter Arthur, da USP, responsável pela pesquisa sobre o combate ao Aedes.
Dicas de uso da água sanitária:
- Ralos: despeje uma solução de água sanitária na proporção de uma colher de sopa por litro de água em ralos de pias, banheiros e cozinha. Faça a limpeza à noite, antes de dormir, para que o produto possa agir por mais tempo
- Plantas: use uma colher de sopa de hipoclorito de sódio por litro de água também para a rega de plantas, particularmente as que acumulam água entre as folhas, como as bromélias. Conforme a associação, essa solução não faz mal às plantas e evitará o desenvolvimento da larva do mosquito
- Vaso sanitário: coloque o equivalente a duas colheres de água sanitária por litro de água no vaso sanitário. Esse é um cuidado que se deve ter especialmente antes de viajar, já que é um período em que a casa estará fechada e o banheiro não será usado
- Piscina: é importante manter a piscina tratada, mesmo que não esteja sendo usada. Com o tempo, o cloro pode evaporar, e a piscina se torna um foco da larva do Aedes. Durante o inverno, por exemplo, é comum deixar a piscina coberta. Neste caso, não deixe acumular água de chuva na lona de cobertura, pois pode ser um foco do mosquito
- Caixas d’água: a limpeza deve ser feita a cada seis meses. Feche a entrada de água e esvazie a caixa quase toda. Deixe sobrar água suficiente para lavar, com uma escova, as paredes e o fundo. Não use produtos de limpeza nesta etapa. Enxágue bem e esvazie toda a água suja. Depois de limpa, encha a caixa novamente e adicione um litro de água sanitária para cada mil litros de água. Espere duas horas e esvazie novamente a caixa, abrindo todas as torneiras, para limpar os canos da casa, até sair água limpa. Depois, encha com água potável e tampe
- Verduras, frutas e legumes: coloque água misturada com hipoclorito de sódio numa bacia plástica, na proporção de uma colher de sopa (15 ml) de água sanitária para cada litro de água. Lave as verduras, frutas e legumes com água corrente em abundância e depois mergulhe por 30 minutos essa solução, agitando ocasionalmente. Passado esse tempo, lave novamente a verdura, fruta ou legume na torneira tirando o excesso de água sanitária.
Fonte: Revista Encontro