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Aumento dos casos de Chikungunya
São Paulo registra alta de mais de 5.000% em casos de chikungunya em 2021
O Estado de São Paulo já registrou desde janeiro um aumento de cinco mil por cento nos casos de chykungunya na comparação com todo o ano passado. Até novembro, foram cerca de 14 mil casos da doença, contra 281 confirmações em 2020. O levantamento é da Secretaria Estadual da Saúde, que apontou ao menos cinco óbitos pela doença neste ano na capital. A circulação de pessoas após o isolamento é a principal causa da proliferação do vírus. Há ainda a tendência de aumento de casos de chikungunya devido à sazonalidade, após um período de baixa nos últimos três anos. Outras doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, dengue e zika não têm apresentado a mesma dinâmica. Em 2021, 5 pessoas morreram de chikungunya no Estado.
Combate ao Aedes
O combate ao Aedes aegypti é uma tarefa contínua e coletiva, fundamental para evitar focos do mosquito, uma vez que cerca de 80% dos criadouros estão em residências.
O que é chikungunya?
O vírus chikungunya (CHIKV) foi introduzido no continente americano em 2013 e ocasionou uma importante onda epidêmica em diversos países da América Central e ilhas do Caribe. No segundo semestre de 2014, o Brasil confirmou, por métodos laboratoriais, a presença da doença nos estados do Amapá e Bahia. Atualmente, todos os Estados registram transmissão desse arbovírus. No Brasil, até o momento, o vetor envolvido na transmissão do vírus chikungunya é o Aedes aegypti. Essa arbovirose também pode se manifestar de forma atípica e/ou grave, sendo observado elevado número de óbitos.
Fases da doença
Destaca-se que a doença pode evoluir em três fases:
- Febril ou aguda: tem duração de 5 a 14 dias.
- Pós-aguda: tem um curso de até 3 meses.
- Crônica: Se os sintomas persistirem por mais de 3 meses após o início da doença, considera-se instalada a fase crônica.
Sintomas
Em mais de 50% dos casos, a artralgia (dor nas articulações) torna-se crônica, podendo persistir por anos. Algumas pessoas podem desenvolver um quadro pós-agudo e crônico com dores nas articulações/juntas que duram meses ou anos.
Os principais sintomas da chikungunya são:
- Febre.
- Dores intensas nas articulações
- Dor nas costas
- Dores pelo corpo.
- Erupção avermelhada na pele
- Dor de cabeça.
- Náuseas e vômitos.
- Dor retro-ocular
- Dor de garganta
- Calafrios
- Diarreia e/ou dor abdominal (manifestações do trato gastrointestinal são mais presentes em crianças).
Depois de infectada, a pessoa fica imune pelo resto da vida. Como toda infecção, a chikungunya pode desenvolver a Síndrome de Gulliain-Barre, encefalite e outras complicações neurológicas.
Transmissão
Transmitida pela picada do mosquito Aedes Aegypti. Por ter uma transmissão bastante rápida, é necessário ficar atento a possíveis criadoros do mosquiso e, assim, eliminar estes locais para evitar a propagação da doença. A Febre Chikungunya pode causar sequelas como dores crônicas nas juntas por longo período de tempo.
A transmissão da mulher grávida para o feto só acontece quando a mãe fica doente nos últimos 7 dias (última semana) de gravidez. Neste caso, a criança mesmo que nasça saudável, deve permanecer internada por uma semana para observação e tratamento imediato se desenvolver a doença que, nestes casos, apresenta quadros graves com manifestações neurológicas e na pele.
Também existe transmissão por transfusão sanguínea.
Tratamento
O tratamento da chikungunya é feito de acordo com os sintomas, com o uso de analgésicos, antitermicos e antinflamatórios para aliviar febre e dores. Em casos de sequelas mais graves, e sob avaliação médica conforme cada caso, pode ser recomendada a fisioterapia.
Em caso de suspeita, com o surgimento de qualquer sintoma, é fundamental procurar um profissional de saúde para o correto diagnóstico e prescrição dos medicamentos, evitando sempre a automedicação. Os tratamentos são oferecidos de forma integral e gratuita por meio do Sistema Único de Saúde (SUS).
Recomenda-se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância.
IMPORTANTE: A automedicação pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro do paciente. Somente um médico pode receitar medicamentos.
As seguintes medidas são importantes para evitar agravamento da chikungunya:
- Não utilizar AINH (Antiinflamatório não hormonal) na fase aguda, pelo risco de complicações associados às formas graves de chikungunya (hemorragia e insuficiência renal).
- Não utilizar corticóide na fase aguda da viremia, devido ao risco de complicações.
- Não é recomendado usar o ácido acetil salicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia.
Diagnóstico
O diagnóstico da chikungunya é clínico e feito por um médico. É confirmado com exames laboratoriais de sorologia e de biologia molecular ou com teste rápido (usado para triagem).
A sorologia é feita pela técnica MAC ELISA, por PCR e teste rápido. Todos os exames estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). Em caso de confirmação da doença a notificação deve ser feita ao Ministério da Saúde em até 24 horas.
Em situações de epidemia a maioria dos casos serão confirmados por critério clínico.
Prevenção
Assim como a dengue, zika e febre amarela, é fundamental que as pessoas reforcem as medidas de eliminação dos criadouros de mosquitos Aedes aegypti nas suas casas, trabalhos e na vizinhança.
Nesse contexto, a melhor prevenção, sendo esta a principal e mais eficaz, é evitar a proliferação do Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que pode se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, latões de água, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos como tampas de garrafas.
Não existem vacinas contra a chikungunya. Faça a sua parte e previna-se!
Fonte: Telessaúde São Paulo – Unifesp
Written by I.E.C - CCZ
15/12/2021 at 10:18 am
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