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Bicho geográfico: ciclo de vida, principais sintomas e tratamento
O bicho geográfico é um parasita frequentemente encontrado nos animais domésticos, principalmente cães e gatos, e é responsável por causar a Síndrome da Larva migrans cutânea, já que o parasita consegue penetrar a pele através de feridas ou cortes e levar ao aparecimento de sintomas como coceira e vermelhidão.
Há duas espécies principais de bicho geográfico, o Ancylostoma braziliense e o Ancylostoma caninum, cujos ovos podem ser liberados nas fezes de cães e gatos, que eclodem no solo e liberam as larvas, que podem facilmente entrar na pele das pessoas. Na maioria dos casos, a larva é eliminada naturalmente do organismo cerca de 4 a 8 semanas após a infecção, mas é importante fazer o tratamento de acordo com a recomendação do médico para evitar complicações na pele e aliviar os sintomas da doença.
Ciclo de vida do bicho geográfico
Os gatos e cachorros são considerados hospedeiros definitivos do bicho geográfico e são infectados quando entram em contato com larvas presentes no ambiente de Ancylostoma braziliense ou Ancylostoma caninum. Essa larvas, no intestino, desenvolvem-se até a fase adulta e liberam ovos, que são eliminados nas fezes dos animais.
No ambiente, o ovo eclode e libera larvas que desenvolvem-se até a sua fase infectante e que entra no organismo humano por meio de feridas na pele ou através do folículo capilar, e permanece na pele, levando ao aparecimento dos sinais e sintomas da infecção.
Principais sintomas
Os sintomas de bicho geográfico estão relacionados com a entrada do parasita na pele e liberação de secreção pela larva, que desencadeia reação alérgica, podendo haver:
- Coceira na pele, que costuma piorar durante a noite;
- Sensação de movimento por baixo da pele;
- Vermelhidão na pele semelhante a um caminho tortuoso, que é por onde a larva passa;
- Inchaço na pele.
Na forma ativa da doença, é comum observar que a lesão vai avançando cerca de 1 cm por dia na pele, e logo que seja identificada deve-se iniciar o tratamento.
Como tratar
Na maioria das vezes, a infecção desaparece após algumas semanas após a morte das larvas, no entanto para diminuir a duração dos sintomas, pode ser iniciado tratamento com antiparasitários que devem ser indicados pelo clínico geral ou dermatologista. Assim, pode ser indicado o uso na forma de pomada, quando a doença está ainda no início, ou na forma de comprimidos, quando o bicho geográfico é descoberto mais tarde.
Geralmente os sintomas do bicho geográfico reduzem cerca de 2 a 3 dias após o início do tratamento, sendo importante seguir o tratamento até o fim para garantir que a larva é completamente eliminada do corpo.
Como prevenir
Para prevenir a infecção, é recomendado evitar andar descalço em ambientes que tenham cães e gatos, além de ser importante recolher as fezes dos animais para que não haja risco de contaminação do solo. Além disso é importante que os animais seja regularmente desparasitados, evitando assim a transmissão de doenças para outras pessoas.
Fonte : Tua Saúde
Drª. Aleksana Viana- Dermatologista
CCZ RIO CLARO NO II ENCONTRO NACIONAL DE VIGILÂNCIA DAS ZOONOSES
No último dia 24 de Abril o Centro de Controle de Zoonoses de Rio Claro a convite do Ministério da Saúde em Brasília, esteve presente através de seu coordenador Josiel Hebling no II Encontro Nacional de Vigilância das Zoonoses realizado em Gramado – RS, para exposição dos trabalhos realizados em nossa cidade sobre o programa de vigilância e controle da Larva Migrans, popularmente conhecida como “bicho geográfico”.
Este importante trabalho começou a ser realizado devido às várias solicitações vindas através do sistema 156, de professores e funcionários das escolas municipais, preocupados com a presença de caninos e felinos em escolas e parques.
O complexo de doenças chamadas de Larva Migrans são causadas por parasitas intestinais (helmintos) de cães e gatos. Acometem mais comumente crianças que tem por hábito brincar na areia e levar as mãos à boca antes de higienizá-las. Os locais mais comumente infectados são as mãos, pés e nádegas.
Através de contatos com a Coordenadoria de Educação Ambiental da Secretaria Municipal de Educação e com o setor de Parques e Jardins da Secretaria Municipal de Agricultura iniciou-se parceria para o projeto em escolas e parques municipais em 2011 e que visa recolher amostras de areia dos tanques e/ou áreas de lazer, com a finalidade de análise e orientação sobre a higienização destes locais.
Para a realização do projeto, trabalham uma equipe com bióloga – análise, agentes de controle de vetores – auxiliam nas coletas e o departamento de I.E.C.(informação, educação e comunicação) – palestras e elaboração de material informativo
Este trabalho chamou a atenção do Ministério da Saúde por ser o único realizado no estado de São Paulo. Mas ainda existem desafios como: ampliar as áreas de monitoramento para escolas particulares e clubes; equipe fixa para coletas; realização de coletas semestralmente, conscientização da população para que não alimentem ou permitam presença de animais nas escolas (que auxilia na disseminação da doença) e o hábito da população de soltar seus animais para a “voltinha diária” e o não recolhimento das fezes de animais quando dos passeios realizados nas áreas públicas
Todos os custos da viagem e permanência no Encontro foram financiados pelo Ministério da Saúde.