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11º Seminário sobre Raiva destaca ações de prevenção à doença

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O 11º Seminário de Vigilância e Controle da Raiva promovido pelo Instituto Pasteur e realizado dias 1 e 2 de outubro reuniu vários profissionais da Saúde e contribuiu para promover a atualização técnica e científica dos profissionais que atuam na área da Saúde. Foram abordados vários aspectos relacionados à doença como a importância de uma comunicação eficaz , cuja mensagem seja do entendimento de toda a população e ainda o trabalho preventivo que o setor de Saúde realiza em caso de acidente  com morcegos. Estiveram no encontro representando a Fundação Municipal de Saúde, a médica veterinária Amanda Borotti, do Centro de Controle de Zoonoses e a Chefe de Núcleo da Vigilância Epidemiológica, Eliaura Aparecida de Jesus.

O assunto em destaque foi  o papel do morcego (hematófago ou não) na manutenção do ciclo do vírus. Devido às campanhas maciças de vacinação em cães e gatos, há muitos anos o estado de São Paulo não tem o ciclo com o vírus da variante canina. Os casos de cães ou gatos positivos foram da variante de morcego. Por isso a importância de notificar o CCZ se encontrar morcego caído ou morto em sua residência, e também se o seu animal de estimação entrou em contato com ele.

Na área rural, deve-se informar a defesa agropecuária, de sua cidade ou regional, em casos de visualizar mordeduras de morcegos em bois, cavalos, porcos ou outros animais. Casos de morcegos caídos, mortos ou que entraram em contato com cães e gatos também precisam ser comunicados. Manter os animais vacinados é uma maneira de prevenção, mas é na vigilância de mordeduras que a defesa agropecuária tem maiores resultados.

O papel do médico veterinário clínico na Vigilância da Raiva também foi discutido no encontro. A médica veterinária Adriana Vieira, do Instituto Pasteur abordou o assunto informando que das 1.461 doenças reconhecidas em seres humanos, 60% são zoonoses, ou seja, doenças transmitidas do animal ao homem. Esses números mostram o quanto são importantes  ações de prevenção e, no caso específico da raiva, outros elementos são considerados fundamentais no trabalho preventivo. “Podemos citar a educação em saúde, a vacinação antirrábica, a propriedade responsável de animais, bem estar e promoção da saúde animal, registro e identificação do animal, avaliação de animais suspeitos, coleta e envio de amostras para análises”, destacou a palestrante.Também é necessário, segundo ela, que os municípios tenham conhecimento de quantos animais são vacinados nas campanhas e fora delas. Por isso criou-se um formulário que contém todas essas informações e ainda dados fornecidos por veterinários de clínicas particulares.

O seminário reuniu dezenas de profissionais de várias partes do país e fez parte do 115º aniversário de fundação do Instituto Pasteur de São Paulo.

Para mais informações sobre morcegos o Centro de Controle de Zoonoses está à disposição através dos telefones 3535-4441 ou 3533-7155. A Casa da Agricultura Rio Claro (EDA Limeira) também pode ser consultada através do telefone 35243495.

Written by I.E.C - CCZ

16/10/2018 at 10:47 am