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Raiva é uma doença fatal que pode ser evitada

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Vacinação 24 e 25 08 13 (5)

 

 

Raiva é uma infecção viral mortal  transmitida principalmente por animais infectados. É uma encefalite, em geral de evolução rápida, dependendo da assistência médico-hospitalar recebida pelo paciente. A sintomatologia atualmente é bastante diversa podendo o paciente apresentar as fobias consideradas clássicas da raiva (hidrofobia e aerofobia), a tríade parestesia, paresia e paralisia, a Síndrome de Guillain-Barré e outros sinais e sintomas. Pode acometer todas as espécies de mamíferos, incluindo o homem, sendo seu prognóstico fatal em praticamente todos os casos. É uma zoonose (antropozoonose) que tem como hospedeiro, reservatório e transmissor, o animal que, dependendo da situação, transmite a doença aos humanos através da mordedura, arranhadura ou lambedura. Em Rio Claro, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) tem feito uma divulgação ampla sobre o assunto procurando alertar os proprietários de animais de grande porte (equinos e bovinos) das zonas rural e urbana e também os donos de animais domésticos sobre a importância da vacinação. No caso dos cães e gatos, a vacinação é gratuita e pode ser feita no Centro de Zoonoses (Rua Alfa, s/nº, Distrito Industrial) ou ainda no canil municipal, localizado na avenida 8, ao lado da linha férrea. No caso dos animais de grande porte os proprietários podem adquirir as vacinas em casas agropecuárias.

Transmissão

A transmissão percutânea é a mais freqüente na infecção pelo vírus da raiva. Outras formas, no entanto, merecem ser mencionadas pela crescente importância que vem representando nos casos humanos de raiva.

  • Mordedura, arranhadura e lambedura – A mais comum é pelo depósito da saliva, contendo vírus rábico, em pele ou mucosa. A introdução do vírus ocorre pela mordedura ou pela arranhadura do animal, assim como pela lambedura de pele com ferimento já existente ou de mucosa mesmo íntegra. A lambedura de mucosas (boca, narinas e olhos), por estas serem mais finas e friáveis que a pele, pode propiciar a introdução do vírus da raiva. A arranhadura por unha de gato, que tem o hábito de se lamber, pode ser profunda, introduzindo o vírus. Os receptores do vírus rábico no organismo encontram-se na pele e nas mucosas.
  • Via respiratória – Pela inalação de aerossóis, contendo o vírus da raiva, provavelmente pela penetração pela mucosa da oro-faringe ou das vias aéreas superiores. Os casos descritos na literatura científica foram em 2 indivíduos que entraram em cavernas, densamente povoadas por morcegos infectados (milhões de espécimes – EUA) e 2 pessoas que manipularam o vírus da raiva em laboratório, sem que os mesmos tenham recebido vacina contra a raiva em esquema de pré-exposição e não adotaram medidas de biossegurança adequadas, tanto de proteção individual (EPI), quanto coletiva (EPC).
  • Zoofilia – Práticas sexuais com animais (bestialismo) pela penetração do vírus pela pele e mucosa da região genital. No Brasil há relato de 2 casos de raiva humana por essa forma de transmissão, um no estado de Espírito Santo de um adolescente que mantinha relações sexuais com cabra, na década de 80, e outro em município do estado de São Paulo em que um adulto jovem do sexo masculino, que se deixava morder e lamber, na região genital, por cães (1997).
  • Inter-humana – Quando se desconhece que a primeira pessoa morreu de raiva (caso índice), possivelmente não se faz a suspeita do caso secundário, transmitido pelo anterior. Na literatura científica há descrição de 2 casos na Etiópia: mãe após mordedura, em dedo da mão, do filho que faleceu de raiva; e filho que beijou na boca repetidas vezes sua mãe, quando esta já estava com raiva. Deve ser lembrado, no entanto, que frente a um caso de raiva humana, os comunicantes devem ser avaliados individualmente e ser indicada a Profilaxia da Raiva Humana pós-exposição, quando necessária.
  • Transplante de córnea – Foram descritos na literatura científica, 8 casos de raiva, em décadas passadas, em pessoas que receberam córneas de doadores que morreram de raiva, sem que se suspeitasse que o óbito tivesse sido provocado por essa doença. Houve casos de doador envolvido em acidente automobilístico, acreditando-se ser a morte ocasionada por esse motivo e não por um distúrbio comportamental da raiva. Deve-se ressaltar o caso de um paciente que após o transplante de córnea teve um período de incubação longo, pois chegou a receber 2 doses de vacina, haja vista que o primeiro receptor da córnea do mesmo doador faleceu pela doença.

O que fazer quando agredido por um animal, mesmo se ele estiver vacinado contra a raiva

– Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão.

– Procurar com urgência o Serviço de Saúde mais próximo. – Não matar o animal, e sim deixá-lo em observação durante 10 dias, para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva. – O animal deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não possa fugir ou atacar outras pessoas ou animais. – Se o animal adoecer, morrer, desaparecer ou mudar de comportamento, voltar imediatamente ao Serviço de Saúde. – Nunca interromper o tratamento preventivo sem ordens médicas. – Quando um animal apresentar comportamento diferente, mesmo que ele não tenha agredido ninguém, não o mate e procure o Serviço de Saúde.
Sinais indicativos da raiva
Variam conforme a espécie. Quando a doença acomete animais carnívoros, com maior freqüência eles se tornam agressivos (raiva furiosa) e, quando ocorre em animais herbívoros, sua manifestação é a de uma paralisia (raiva paralítica). No entanto, em todos animais costumam ocorrer os seguintes sintomas:- dificuldade para engolir – salivação abundante – mudança de comportamento – mudança de hábitos alimentares – mudança de hábitos – paralisia das patas traseiras. Nos cães, o latido torna-se diferente do normal, parecendo um “uivo rouco”, e os morcegos, com a mudança de hábito, podem ser encontrados durante o dia, em hora e locais não habituais.
Fonte- Com informações da Secretaria de Estado da Saúde