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A IMPORTÂNCIA DOS MORCEGOS PARA O MEIO AMBIENTE E PARA SAÚDE PÚBLICA
Profissionais do CCZ Rio Claro participam de palestra para atualização sobre morcegos em São Paulo
Morcegos são os únicos mamíferos que voam e, no Brasil existem cerca de 180 espécies com alimentação variada. Há os que se alimentam de frutos (frugívoros), de insetos (insetívoros), de pequenos vertebrados (carnívoros), e apenas três espécies se alimentam de sangue (hematófagos), sendo que duas alimentam-se apenas de sangue de aves. Mesmo assim, todas as espécies são perseguidas e mortas, devido às várias crenças sobre serem vampiros, que trazem azar e pela falsa ideia de que todos eles transmitem Raiva. A verdade é que a grande maioria deles (cerca de três quartos) alimentam-se de insetos.
Os morcegos são importantíssimos para o Meio Ambiente e estão presentes em diversos biomas , nos diversos continentes. Os que se alimentam de frutos e néctar colaboram para a polinização de flores e dispersão de sementes de uma grande variedade de plantas, o que auxilia na recuperação de áreas desmatadas.
Os que alimentam-se de insetos colaboram para o controle de espécies noturnas que podem destruir plantações e com esta ação dos morcegos, pode-se diminuir a utilização de pesticidas. Também são predadores de insetos que transmitem doenças ou cupins. Porém com a matança indiscriminada, estes animais já estão na lista de risco de extinção.
No Brasil, os morcegos, como animais silvestres, estão legalmente protegidos por lei, mas apenas a legislação, isoladamente, não traz muitos resultados, havendo a necessidade de conscientização de profissionais e da população.
As veterinárias Dra. Amanda Maria Borotti, Dra. Maria Emilia Canoa de Godoy e a bióloga Milene Weissmann participaram da palestra ministrada pela bióloga Adriana Ruckert, do Centro de Controle de Zoonoses da cidade de São Paulo, com conteúdo teórico e prático, onde o objetivo além da identificação de espécies e comportamento, foi o conhecimento para uma maior sensibilização aos munícipes atendidos com orientações referentes ao controle, riscos e benefícios envolvendo quirópteros.
Estas atualizações são importantes para os trabalhos diários prestados pelo CCZ Rio Claro à população, que pode solicitar atendimentos através da Ouvidoria Municipal pelo telefone 3526-7105.
ENCONTREI UM MORCEGO NO FINAL DE SEMANA. O QUE FAZER?
Relatos de pessoas encontrando morcegos em casa não é incomum, e durante o verão, esses casos acontecem com maior freqüência.
Os morcegos são os únicos mamíferos que tem capacidade de voar. São animais muito úteis e necessários ao equilíbrio da natureza.
Existem vários tipos de morcegos:
. Insetívoros – Comem milhares de insetos numa noite, inclusive pernilongos e o mosquito da Dengue.
. Nectarívoros – Alimentam-se de néctar das flores, auxiliando na polinização das flores e consequentemente gerando frutos.
. Frugívoros – Alimentam-se de frutas e espalham as sementes através das fezes, gerando assim, novas árvores frutíferas.
. Hematófagos – Alimentam-se de sangue. São em menor número que as outras espécies e são mais comumente encontrados na zona rural.
Embora os morcegos sejam animais importantes ao equilíbrio do meio ambiente, eles causam problemas nas cidades vivendo em forros e árvores, pois suas fezes podem transmitir doenças; e se infectados, transmitir a Raiva.
. Nunca toque no morcego. Caso encontre caído no chão, informe o Centro de Controle de Zoonoses para coleta ou captura do animal, mesmo se estiver morto;
SEGURANÇA
Considerações sobre saúde e segurança
- Sempre use luvas grossas de couro ou de látex e máscaras para manejo de animal silvestre.
- Os indivíduos que vão manejar precisam estar devidamente vacinados contra o vírus da Raiva.
- Verificar medidas necessárias para minimizar os riscos de doenças zoonóticas, como fezes deixadas ou animais possivelmente contactantes.
É importante enfatizar que o manejo de animais silvestres deve ser evitado. Mas na falta de opções, tente ser o mais breve possível:
- Evite estressar o animal mais que o necessário. Movimentos bruscos, gritos e conversas são estressantes. Lembre-se que o animal não sabe que você não quer feri-lo, para ele, você é um perigo em potencial.
- Isolamento: O morcego precisa ser mantido em isolamento até o recolhimento.
MANEJO
Há principalmente duas maneiras mais práticas de se capturar o morcego:
. Com Vassoura e pá: Usando vassoura e pá, se aproxime com calma e empurre o morcego lentamente em direção à pá. Ele irá andar, ajuste a pá e conduza-o com a vassoura. Em seguida, ponha-o no recipiente.
. Balde, pano molhado ou caixa de papelão: Você poderá esperar o morcego se acalmar. Quando estiver em repouso, jogue um pano molhado em cima dele, uma caixa de papelão furada (para respirar) ou um balde por cima dele.
*O recipiente pode ser um balde, caixa de papelão furada ou outra coisa profunda o suficiente para que o morcego não consiga subir.
MORCEGO CAIU NO FINAL DE SEMANA . O QUE FAZER?
À noite ou nos finais de semana, quando órgãos municipais estão fechados, seguindo as recomendações de segurança citadas, deixe-o no recipiente onde foi coletado.
Se estiver morto, pode-se deixá-lo acondicionado no recipiente e colocá-lo no freezer para recolhimento nas primeiras horas da segunda-feira.
Caso não queira permanecer com o morcego em casa, considere levar o morcego à clinica veterinária mais próxima, que eles poderão mantê-los até o recolhimento pelo Centro de Controle de Zoonoses.
Importante:
. Se houver contato de animal (cão e/ou gato) com morcegos, procurar imediatamente o médico veterinário ou o Centro de Controle de Zoonoses;
. Caso ocorra qualquer tipo de contato ou agressão (mordida, arranhão ou lambedura)a pessoa deve procurar um serviço de saúde imediatamente.
. Ligue para Ouvidoria Municipal para solicitação de visita ou 3535-4441 e 3533-7155 – CCZ, para orientações e recolha.
DIA 28 DE SETEMBRO – DIA MUNDIAL DE COMBATE À RAIVA
DIA 28 DE SETEMBRO DIA MUNDIAL DE COMBATE À RAIVA
Para lembrar a importância de controle e prevenção do vírus da Raiva, a Aliança Global par ao Controle da Raiva (ARC), com o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) e da Organização Mundial de Saúde (OMS), comemoram em 28 de Setembro, o Dia Mundial contra a Raiva.
A Raiva é conhecida desde séculos, porém, apesar dos esforços de governos e organizações , ainda atinge mais de 150 países e territórios, e estima-se que seja a causa da morte de 59 mil pessoas todos os anos.
No mundo, a maioria dos casos de Raiva humana sempre ocorreram na maioria das vezes, por transmissão canina.
No Brasil, observou-se a partir do ano de 2004, uma mudança no perfil epidemiológico da Raiva em relação à transmissão de casos para humanos: os morcegos passaram a ser o principal transmissor no país, uma vez que a Raiva urbana existente em cães e gatos teve um avanço significativo de seu controle através das campanhas de vacinação, mantendo-se esporádica em algumas limitadas áreas do país. Essa situação epidemiológica atual remete os programas de controle a focos de atuação inovadores, que necessariamente envolvam participação de segmentos do Meio Ambiente, e uma filosofia de trabalho totalmente alinhada com os princípios e diretrizes da Saúde Única.
A Raiva em animais de produção é de responsabilidade do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que por meio dos órgãos da Defesa Sanitária Animal desenvolve ações de Vigilância e Controle pelo Programa de Raiva dos herbívoros, como o monitoramento e controle dos morcegos hematófagos da espécie Desmodus rotundus e estímulo aos produtores rurais de vacinação do rebanho em áreas vulneráveis.
Campanha anual de vacinação antirrábica
Em razão da pandemia do Covid -19, as campanhas de vacinação estão suspensas pelo governo estadual e o envio de vacinas para os municípios ficou prejudicado em razão da fabricação de outras vacinas neste período.
Apesar da suspensão das campanhas de vacinação, o Centro de Controle de Zoonoses de Rio Claro realiza o Programa de Controle da Raiva diariamente :
.Observação animal: após receber notificação de acidente com mordedura de cães ou gatos, através da Vigilância Epidemiológica que cuida dos humanos, o CCZ observa o animal durante 10 dias. Se for um animal de rua, ele é recolhido para observação nas dependências do órgão e após este período, é colocado para adoção.
. Morcegos: São recolhidos animais encontrados caídos ou que tiveram contato com animais de estimação. São identificados conforme a espécie pelo setor de Biologia e enviados para análise de Raiva no Instituto Pasteur. Animais contactantes com morcegos, são revacinados e observados por um período de até 180 dias.
O Centro de Controle de Zoonoses orienta os munícipes para que mantenham seus animais de estimação vacinados, seja através da rede pública, em clínicas veterinárias ou agropecuárias.
Para agendamento de vacinação, solicita-se contato antecipado através dos telefones: 3535-4441 ou 3533-7155.
Fonte: Conselho Federal de Medicina Veterinária
ENCONTREI UM MORCEGO! E AGORA?

Eventualmente recebemos mensagens e pedidos de ajuda a respeito de morcegos. Relatos de pessoas encontrando morcegos em casa não é incomum, e durante o verão, esses casos acontecem com maior frequência. Para esclarecer de uma forma completa, elaboramos este manual de como lidar em caso de adentramento de morcegos.
Lembre-se de observar o animal antes de tomar qualquer iniciativa, tente verificar comportamento característico de estresse e possíveis sintomas de doenças.
ANTES DE TUDO!!!
Tente ligar para a prefeitura, procure o contato dos órgãos responsáveis em lidar com animais silvestres. Caso não tenha sucesso em falar com a prefeitura ou órgão responsável, ligue para o Centro de Controle de Zoonoses ou a Vigilância Sanitária de sua cidade para que possam buscar o morcego.
É sempre importante alguns cuidados iniciais, e se tratando de animais silvestres, é necessário considerar registro de informações e todas as medidas de segurança e para o animal e para quem vai manejá-lo.
MANTENHA REGISTRO
Para identificar o tipo de morcego e saber a melhor maneira de lidar e cuidar dele, é importante que se registre informações de características dele.
- Fotografe o morcego (com alguma escala, ou referência);
- Anote características físicas dele (cauda, cores, tamanho…);
- Coletar informações de onde o morcego foi encontrado (rua, bairro, cidade; dentro de casa ou na rua? Havia animais ou pessoas perto? É possível que outro animal tenha entrado em contato com o morcego?);
- Procure um especialista que possa estar à disposição e identifica-lo, mesmo que apenas virtualmente, durante a situação.
CONSIDERE QUESTÕES ÉTICAS
A ética deve fundamentar todas as decisões. Destacando aqui os quatro primeiros artigos da Declaração dos Direitos dos Animais:
- Artigo 1º – Todos os animais nascem iguais perante a vida e têm os mesmos direitos à existência.
- Artigo 2º –
- 1. Todo o animal tem o direito a ser respeitado.
- 2. O homem, como espécie animal, não pode exterminar os outros animais ou explorá-los violando esse direito; tem o dever de pôr os seus conhecimentos ao serviço dos animais.
- 3. Todo o animal tem o direito à atenção, aos cuidados e à proteção do homem.
- Artigo 3º
- 1. Nenhum animal será submetido nem a maus tratos nem a atos cruéis.
- 2. Se for necessário matar um animal, ele deve de ser morto instantaneamente, sem dor e de modo a não provocar-lhe angústia.
- Artigo 4º –
- 1. Todo o animal pertencente a uma espécie selvagem tem o direito de viver livre no seu próprio ambiente natural, terrestre, aéreo ou aquático e tem o direito de se reproduzir.
- 2. Toda a privação de liberdade, mesmo que tenha fins educativos, é contrária a este direito. O cuidado de curto e longo prazo deve ser considerado.
SEGURANÇA
Considerações sobre saúde e segurança
- Sempre use luvas grossas de couro ou de látex e máscaras para manejo de animal silvestre.
- Os indivíduos que vão manejar precisam estar devidamente vacinados contra o vírus da Raiva.
- Verificar medidas necessárias para minimizar os riscos de doenças zoonóticas. Como fezes deixadas, animais possivelmente atacados… Entre outros.
É importante enfatizar que o manejo de animais silvestres deve ser evitado. Mas na falta de opções, tente ser o mais breve possível:
- Evite estressar o animal mais que o necessário. Movimentos bruscos, gritos e conversas são estressantes. Lembre-se que o animal não sabe que você não quer feri-lo, para ele, você é um perigo em potencial.
- Isolamento: O morcego precisa ser mantido em isolamento até a liberação.
MANEJO
Após conferidas todas as questões de informação e segurança até aqui, podemos seguir ao manejo. Há principalmente duas maneiras mais práticas de se capturar o morcego:
Captura
- Com pano grosso ou luva de couro: Garantindo que a luva seja suficientemente grossa, espere o morcego estar quieto e calmo num local. Vá até ele e segure-o usando a mão. Em seguida, ponha-o no recipiente* (Vídeo).
- Com Vassoura e pá: Usando vassoura e pá, se aproxime com calma e empurre o morcego lentamente em direção à pá. Ele irá andar, ajuste a pá e conduza-o com a vassoura. Em seguida, ponha-o no recipiente.
- Balde ou caixa de papelão: Você poderá esperar o morcego se acalmar. Quando estiver em repouso, coloque a caixa de papelão ou o balde em cima dele, feche e ele ficará seguro dentro dela (Imagem).
*O recipiente pode ser um balde, caixa de papelão, vasilha, ou outra coisa profunda o suficiente para que o morcego não consiga subir.
LIBERAÇÃO
Considere questões relevantes como local, clima e altura:
- Local: O local deve ser mais próximo possível de onde foi encontrado. Sendo caso de adentramento (de casas, construções, etc), é importante que seja num local exterior próximo. Considere deixa-lo em um muro ou nos galhos de uma árvore.
- Clima: Morcegos tem dificuldades de voar em dias chuvosos.
- Altura: Muitas espécies tem dificuldades em voar diretamente do chão ou de locais baixos. Considere colocá-lo em um local mais elevado como árvore ou muro.
- Soltura diretamente das mãos: Usando a luva de couro ou com pano grosso, você poderá pegar o morcego. Abra o pano aos poucos para que o morcego possa ver o ambiente. Com o morcego estendido, levante a mão à altura do ombro. Em alguns casos, ele deverá voar imediatamente. Em outros casos, ele não voará imediatamente, então ponha-o num local alto ou aproxime-o de uma árvore, galho ou muro.
https://www.youtube.com/embed/uwzRYohIkCg?version=3&rel=1&showsearch=0&showinfo=1&iv_load_policy=1&fs=1&hl=pt-br&autohide=2&wmode=transparentMorcego Molossus sendo colocado numa amendoeira.
- Soltura de outros pontos: Usando luva ou pano grosso, você poderá deixar o morcego em cima de algum galho, muro ou local mais elevado. Determinadas espécies não são capazes de voar diretamente do chão, e podem ser predadas se permanecerem no solo.
Em qualquer dos casos, o morcego poderá demorar a voar, pois fará a higienização antes de retornar ao abrigo, o que poderá levar de 30 a 40 minutos. Se possível, faça o monitoramento, verificando a cada 15 minutos se o morcego permanece no local.
AMANHECEU, MAS O MORCEGO PERMANECEU!
Nesse caso, faça uma nova tentativa de ligar para a prefeitura e procure o contato com os órgãos responsáveis em lidar com animais silvestres. Caso não tenha sucesso em falar com a prefeitura ou órgão responsável, ligue para o Centro de Controle de Zoonoses ou a Vigilância Sanitária de sua cidade para que possam buscar o morcego.
Caso estes órgãos também estejam inacessíveis, considere levar o morcego à clinica veterinária mais próxima, com as anotações e registros em mãos. Elas serão úteis para o cuidado, reabilitação e soltura do morcego.
Manual elaborado baseado no manual do Batworld.org
Fonte: @Morcegando nas redes sociais
Encerrada vacinação em cães e gatos na área rural
O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) encerrou esta semana a campanha de vacinação antirrábica em cães e gatos na área rural. As equipes de vacinação que desde abril estiveram em sítios e fazendas imunizaram no total 3.635 animais, sendo 2.923 cães e 712 gatos.
“Conseguimos ultrapassar a nossa meta que era aplicar 3.500 doses, garantindo com isso uma boa cobertura”, informou Diego Reis gerente do CCZ. A vacina protege o animal caso haja algum acidente com morcegos infectados. Nessa situação a Zoonoses deve ser avisada imediatamente para avaliar qual protocolo vacinal será adotado para manter o cão ou gato protegido. Caso o morcego ainda esteja no local ele será recolhido para análise. Especialmente na área rural é comum a presença desse mamífero. O contato de cães ou gatos com morcegos pode levá-los à morte, caso não estejam protegidos. Da mesma forma, cães e gatos infectados podem transmitir o vírus da raiva aos humanos.
A vacina é aplicada anualmente e se porventura algum morador não tenha conseguido imunizar seus animais durante a visita dos vacinadores, pode procurar a Zoonoses de segunda a sexta-feira das 7h00 às 16h00. A vacina é gratuita. O calendário da campanha de vacinação na área urbana está sendo elaborado e será divulgado em breve.
População não deve entrar em contato com morcegos alerta CCZ
O contato com morcegos vivos ou mortos deve ser evitado para não trazer riscos à saúde da população. O alerta é do Centro de Controle de Zoonoses. Há casos em que moradores encontram esses animais caídos e sem nenhum tipo de proteção recolhem e jogam no lixo. Em muitos dos casos o CCZ nem fica sabendo do ocorrido, o que dificulta o controle sobre o vírus da raiva, doença que nos humanos e nos animais é fatal. Só no ano passado mais de 50 morcegos foram coletados pela Zoonoses e encaminhados ao Instituto Pasteur. Nenhum deles apresentou positividade para o vírus da raiva. Em janeiro deste ano, 9 animais também foram encaminhados para análise, mas o resultado dos exames ainda não chegou para o CCZ. Houve também outros 8 casos de munícipes que solicitaram orientação da Zoonoses sobre como proceder para evitar que os morcegos se aproximem de suas residências.
Há uma série de medidas que a Zoonoses precisa tomar no caso de morcegos serem encontrados caídos no chão. A primeira delas é fazer a coleta do animal com segurança e encaminhá-lo para análise. Para isso é necessário a colaboração dos moradores. Caso encontrem morcegos caídos em quintais ou calçadas, a recomendação é não colocar as mãos no animal, apenas prendê-lo com um balde ou uma toalha molhada até que seja recolhido pelo CCZ. Animais de estimação como gatos e cães não podem ter contato com o morcego. Caso contrário vão permanecer em observação e deverão tomar vacina de reforço contra a raiva. É importante controlar a circulação do vírus. Por este motivo a recolha e análise dos morcegos são tão necessárias.
Vacinação em animais domésticos
Todos os anos o Centro de Controle de Zoonoses realiza a vacinação em cães e gatos. A imunização protege esses animais contra a raiva. A vacina é gratuita e aplicada tanto em postos de vacinação durante a campanha quanto no próprio CCZ, no Distrito Industrial de segunda a sexta-feira das 7h00 às 16h00. Informações sobre morcegos e vacinação antirrábica podem ser conseguidas através dos telefones 3533-7155, 3535-4441 ou 3536-3866.
CCZ E UNESP EM PARCERIA PARA ESTUDOS SOBRE MORCEGOS
Morcegos são os únicos mamíferos que voam e são animais muito importantes para o meio ambiente.
Existem cerca de mil espécies de morcegos pelo mundo: os que comem insetos, outros polinizam flores, alguns comem frutos e disseminam sementes auxiliando o reflorestamento, entre outros benefícios. Três espécies são hematófagas, sendo que duas alimentam-se de sangue de aves e apenas uma, alimenta-se de sangue de mamíferos.
O objetivo dos trabalhos do Centro de Controle de Zoonoses com morcegos são as zoonoses transmitidas, como a Raiva e a Histoplasmose.
Acadêmicos da UNESP visitaram as instalações do CCZ para uma parceria e interação de conhecimentos sobre as espécies em áreas urbanas.
Segundo Milene Weismann e a Dra. Maria Emilia de Godoy, bióloga e veterinária do CCZ|, a parceria entre as instituições vão auxiliar nos estudos sobre as espécies, comportamentos e podem auxiliar no manejo e conservação destes animais.
Dicas importantes:
. Vacine seu animal anualmente contra a Raiva;
. Se houver contato de cão e/ou gato com morcegos, procure imediatamente o Centro de Controle de Zoonoses;
. Nunca toque no morcego. Caso encontre caído no chão, informe o Centro de Controle de Zoonoses para coleta do animal (mesmo morto);
. Caso ocorra qualquer tipo de contato ou agressão (mordida, arranhão ou lambedura), procure o Serviço de Saúde imediatamente.
Zoonoses orienta população sobre o que fazer ao encontrar morcegos
Acidentes com morcegos podem render bem mais do que um simples ferimento. Em alguns casos pode ser até mesmo fatal. Esses mamíferos são possíveis transmissores da raiva, uma doença que até o final de maio já havia matado quatro crianças no estado do Pará. Outras pessoas naquele Estado estão internadas com suspeita da doença.
Para evitar o contágio é preciso alguns cuidados muitas vezes desconhecidos pela maioria da população. Por isso o Centro de Controle de Zoonoses, além de realizar sua campanha anual de vacinação antirrábica em cães e gatos que este ano terá início dia 22 de julho na área urbana, também faz a recolha de morcegos quando são encontrados caídos, mortos ou vivos. Somente este ano a Zoonoses já recolheu 15 morcegos encontrados caídos próximos a residências e em quintais. Esses animais foram encaminhados para o Instituto Pasteur, onde é verificado se são ou não portadores do vírus.
No caso de o animal recolhido estar contaminado é preciso realizar um bloqueio no local onde ele foi encontrado. Animais de estimação recebem uma dose reforço da vacina antirrábica. Todo um esquema é montado para evitar que animais e humanos sejam contaminados.
Por isso a recomendação para quem localiza um morcego caído é ligar imediatamente para o Centro de Controle de Zoonoses. Não se deve jamais tocá-lo ou deixar que animais de estimação cheguem perto. Aconselha-se jogar sobre o animal uma toalha molhada ou um balde para contê-lo até que a equipe do CCZ chegue para fazer a recolha.
Serviço
Mais informações podem ser obtidas com o CCZ pelo telefone 3535-4441 ou 3533-7155. O endereço é Rua Alpha, sem número, Distrito Industrial, ao lado do Canil Municipal. Nas redes sociais a Zoonoses pode ser contatada através do facebook Zoonoses Rio Claro e do blog ccz.wordpress.com.
VACINAÇÃO ANTIRRÁBICA E MORCEGOS
Os telhados e paredes das cidades brasileiras acumulam mais do que poeira e sujeira: têm também uma variedade de morcegos.
Cerca de um quarto das 167 espécies do país pode ser encontrado na área urbana e periurbana do Brasil. As outras vivem em cavernas- que são o habitat natural desses bichos.
Essa abundância de morcegos nas cidades acontece porque, com a expansão desenfreada das construções e o aumento do desmatamento, os bichos são cada vez mais empurrados para ambientes humanos.
SEM CAVERNA
Alguns desses locais como lajes, dutos de ventilação, chaminés de churrasqueiras e poços de elevador- mostraram-se tão “confortáveis” quanto cavernas e outros espaços originalmente usados como habitat pelos bichos.
Invenções humanas, como os postes de iluminação pública, facilitaram não só a vida das pessoas, mas também a desses animais.
Atraída pela luz, uma multidão de insetos costuma circular nas proximidades da lâmpada, proporcionando um verdadeiro banquete para as espécies insetívoras.
Embora os morcegos possam transmitir Raiva e outras doenças, pesquisadores defendem que sua presença pode ser benéfica.
Espécies insetívoras como o Molossus molossus e Tadarida brasiliensis agem como dedetizadores naturais: elas se alimentam principalmente de baratas, mosquitos e cupins.
Os morcegos frugíveros (Artibeus lituratus) espalham sementes através das fezes, auxiliando no reflorestamento.
Encontrado morcego com Raiva na cidade
Solicitada a presença do Centro de Controle de Zoonoses em uma residência onde o morador encontrou um morcego morto, este foi enviado para exames e constatada a contaminação pelo vírus da Raiva.
Para evitar que humanos ou animais domésticos contaminem-se, o CCZ estará trabalhando a área da Rua 3 até a Rua 8 e das Avs. 19 até a 27 a partir da próxima segunda-feira, 31/10 até quinta-feira, dia 03/11, podendo estender os trabalhos até a abrangência total das residências.
Este trabalho consiste na educação /orientação com cartazes e folhetos informativos para os moradores e realizando a vacinação antirrábica em cães e gatos.
A vacinação antirrábica é fundamental para a prevenção da doença nos animais de estimação, que normalmente veem o morcego como caça ou brinquedo.
Como prevenir:
. Se os morcegos estiverem abrigados no forro, retire algumas telhas, acenda uma lâmpada ou coloque algumas telhas de vidro, para que a luz entre e afugente-os.
. Após a retirada dos morcegos do forro, realizar a limpeza e desinfecção , umedecendo a superfície com solução de água e cloro, na proporção de meio litro de cloro para um litro de água. Sempre utilizar máscara, botas e luvas. As fezes retiradas devem ser ensacadas e descartadas no lixo.
. Vedar as frestas do telhado;
. Telar as janelas;
. Realizar a poda das árvores para aumentar a incidência de luz;
. Retirar frutos das árvores, eliminando alimentos dos morcegos frugívoros.
IMPORTANTE
. Se houver contato de animal (cão e/ou gato) com morcegos, procurar imediatamente o médico veterinário ou o Centro de Controle de Zoonoses;
. Nunca toque no morcego. Caso encontre caído no chão, informe o Centro de Controle de Zoonoses para coleta ou captura do animal, mesmo se estiver morto;
. Vacine cães e gatos contra a Raiva;
. Caso ocorra qualquer tipo de contato ou agressão (mordida, arranhão ou lambedura) a pessoa deve procurar um serviço de saúde imediatamente.
. Ligue 156 para solicitação de visita ou 3535-4441 e 3533-7155 – CCZ, para orientações.