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Zoonoses continua encontrando criadouros nas casas
Apesar de todo trabalho de orientação feito diariamente pelos agentes de combate a endemias durante as operações bloqueio e também por agentes comunitários de saúde, ainda há muitos criadouros do Aedes aegypti dentro das residências. Potes, garrafas, pneus, pratos de vasos e plantas aquáticas são recipientes que continuam disponíveis para a reprodução do mosquito em grande parte dos imóveis visitados. As plantas aquáticas em especial fazem com que as larvas permaneçam grudadas nas raízes e mesmo fazendo a limpeza com freqüência algumas larvas ainda continuam escondidas. Isso dificulta muito o controle de doenças como a dengue, por exemplo, transmitida através da picada do mosquito.
Não apenas nas residências se concentra a atenção dos agentes. Eles estão atentos também aos Pontos Estratégicos (cemitérios, borracharias, oficinas, floriculturas) e Imóveis Especiais (escolas, creches, hospitais, empresas e obras abandonadas). Apenas em maio foram 227 visitas em Pontos Estratégicos e outras 57 em Imóveis Especiais. Somam-se a esses números as visitas realizadas nas operações bloqueio que em maio chegaram a 31.086 imóveis e ainda os mutirões de limpeza que de janeiro a maio retiraram perto de 20 toneladas de criadouros nos bairros trabalhados.
“Todo esse trabalho, que envolve a mobilização de várias equipes na prevenção, é importante, mas enquanto não houver a participação efetiva dos moradores na eliminação de criadouros, o mosquito vai continuar fazendo vítimas”, explicou a chefe de núcleo de endemias, Maria Júlia Guarnieri Baptista. A temperatura mais baixa não afasta o risco da proliferação do Aedes. Ele continua se utilizando de recipientes com água para garantir sua reprodução e continuar seu ciclo. Os ovos do mosquito podem permanecer até 450 dias depositados aguardando apenas que um pouco de água dê vida à larva e poucos dias depois surge mais um indivíduo da espécie.
Hoje é último dia para se proteger contra a febre amarela no carnaval
Para que a imunização contra a febre amarela tenha efeito para o período do carnaval, que neste ano será de 2 a 6 de março, a vacinação deve ocorrer até hoje (19). A recomendação do governo paulista é, sobretudo, para quem vai viajar para áreas de mata e ribeirinhas, pois a proteção efetiva só ocorre após dez dias. A cobertura vacinal contra febre amarela no estado alcança 70%, em média, com variação entre as regiões.
Todo o estado tem recomendação da vacina por causa da circulação do vírus. A imunização é indicada para pessoas a partir dos 9 meses de idade. Pacientes portadores de HIV positivo e transplantados devem consultar o médico sobre a necessidade da vacina. Não há indicação para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses de idade e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas.
Os foliões que não se vacinarem no prazo adequado devem evitar entrar em áreas verdes e devem usar repelentes e roupas compridas e de cor clara para reforçar a prevenção, conforme orientação da Secretaria Estadual de Saúde.
O último balanço do governo paulista, que considera o período de janeiro à primeira quinzena de fevereiro, confirma a ocorrência de 36 casos de febre amarela silvestre em São Paulo, dos quais nove resultaram em morte. Em 2018, foram 502 casos e 175 mortes. Em 2017, foram registrados 74 casos e 38 mortes. Não há casos de febre amarela urbana no Brasil desde 1942.
Arboviroses
O verão – com o aumento das chuvas – é o período mais propício à proliferação de doenças transmitidas por arbovírus, os quais são transmitidos ao homem por artrópodes, ou seja, por meio da picada de insetos como o Aedes aegypti. Dengue, chikungunya e zika, além da febre amarela, estão entre as arboviroses mais comuns no Brasil. No caso da febre amarela, como o vírus em circulação, é o da forma silvestre, e as transmissões ocorrem pelo mosquito Haemagogus e Sabethes.
Fonte- Agência Brasil
Lixo jogado no Santa Elisa atrai escorpiões
Uma quantidade considerável de lixo de todo tipo, jogado ao redor dos prédios da CDHU no bairro Santa Elisa está atraindo vários escorpiões para dentro dos apartamentos. Esta semana profissionais da Zoonoses estiveram realizando mais uma busca pelo local e encontraram, além dos escorpiões, muita sujeira. Sofás, restos de madeira, plásticos, lonas, colchões e muitos vasilhames com água e larvas de mosquito foram encontrados no local. Há cerca de uma semana o caminhão da prefeitura esteve fazendo a limpeza da área que já está novamente lotada de sujeira.
Os prédios da CDHU são sempre motivo de preocupação da Zoonoses, por conta da infestação de escorpiões. Por várias vezes foram realizadas ações no local para conscientizar os moradores sobre a necessidade de colocar o lixo nos locais destinados para o descarte e que fica bem próximo aos apartamentos. O acúmulo de lixo ao redor dos prédios oferece abrigo para os escorpiões que se reproduzem e entram nos imóveis pelo esgoto, podendo também entrar pelas canaletas por onde passam os fios de energia elétrica. Podem ainda ter acesso aos apartamentos pelas frestas das portas e janelas. Os escorpiões encontrados eram do tipo amarelo, o mais perigoso, especialmente para crianças e idosos. Sua picada pode levar a pessoa a óbito.
“Com a proximidade do Verão, a situação pode ficar ainda pior. Nessa época os escorpiões se desalojam devido à grande quantidade de água da chuva e procuram abrigo. Dentro dos imóveis, eles se escondem e podem acabar causando acidentes”, informou a bióloga Milene Weissmann do Centro de Controle de Zoonoses. A recomendação é para que os moradores mantenham limpa a área interna e todo o entorno dos prédios. Acondicionem o lixo na lixeira coletiva, tomando cuidado de fechar bem os sacos plásticos para evitar a presença dos escorpiões e baratas.
Profissionais do CCZ participam de webconferência sobre escorpiões
Funcionários do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) participaram na quinta-feira (4) de uma webconferência transmitida por profissionais de Vigilância em Saúde, entre eles Fan Hui Wen, gestora do Núcleo Estratégico de Venenos e Antivenenos do Instituto Butantan.
Um dos assuntos abordados foi a situação dos soros antivenenosos, cuja produção está sendo feita de maneira racional desde fevereiro de 2016, quando o Instituto Butantan passou a seguir padrões de boas práticas de fabricação, exigidas pela Anvisa. No Butantan, a fonte para a produção do soro são cerca de 15 mil desses aracnídeos, todos alimentados em cativeiro. A webconferência também abordou o manejo do escorpião e a retirada de seu veneno para a fabricação do soro.
Outro assunto destacado foi a capacitação de profissionais da área da saúde para identificar a gravidade do paciente picado por um escorpião. Casos identificados como leves, os soros não são administrados. Somente em 2017 os acidentes com escorpiões foram responsáveis por 184 mortes no Brasil. Desmatamento, queimadas e o acúmulo de lixo são apontados como causas da infestação desses aracnídeos.