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AÇÕES PREVENTIVAS CONTRA FEBRE AMARELA
Apesar de Rio Claro não estar na lista de cidades com transmissão da Febre Amarela, ações preventivas estão sendo realizadas com estudantes na UNESP e viajantes na Rodoviária e Terminal de Ônibus em frente ao Shopping.
Folhetos foram distribuídos e cartazes fixados em locais de grande circulação.
Lembrando que : eliminar criadouros de mosquitos é fundamental.
Começa dia 7 vacinação antirrábica na zona urbana
Equipes continuam na área rural imunizando cães e gatos
A campanha de vacinação antirrábica direcionada a cães e gatos na zona urbana começa no dia 7 de junho. Realizada anualmente pelo Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) a campanha foi antecipada este ano por conta do número de casos de raiva detectados em animais de grande porte (equinos e bovinos). O planejamento da campanha nos bairros está pronto. A expectativa é de que sejam vacinados em Rio Claro 47.613 cães e 7.564 gatos.
Na zona rural a vacinação em cães e gatos já está sendo realizada por equipes que percorrem sítios e fazendas diariamente imunizando os animais. Com relação aos equinos e bovinos a vacinação deve ser providenciada pelos proprietários, adquirindo as doses do medicamento em agropecuárias.
A raiva é uma doença perigosa e altamente infecciosa causada por vírus. A transmissão ocorre do animal infectado para o sadio, através do contato da saliva por mordedura, lambida em feridas abertas, mucosas ou arranhões.
Raiva é uma doença fatal que pode ser evitada
Raiva é uma infecção viral mortal transmitida principalmente por animais infectados. É uma encefalite, em geral de evolução rápida, dependendo da assistência médico-hospitalar recebida pelo paciente. A sintomatologia atualmente é bastante diversa podendo o paciente apresentar as fobias consideradas clássicas da raiva (hidrofobia e aerofobia), a tríade parestesia, paresia e paralisia, a Síndrome de Guillain-Barré e outros sinais e sintomas. Pode acometer todas as espécies de mamíferos, incluindo o homem, sendo seu prognóstico fatal em praticamente todos os casos. É uma zoonose (antropozoonose) que tem como hospedeiro, reservatório e transmissor, o animal que, dependendo da situação, transmite a doença aos humanos através da mordedura, arranhadura ou lambedura. Em Rio Claro, o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) tem feito uma divulgação ampla sobre o assunto procurando alertar os proprietários de animais de grande porte (equinos e bovinos) das zonas rural e urbana e também os donos de animais domésticos sobre a importância da vacinação. No caso dos cães e gatos, a vacinação é gratuita e pode ser feita no Centro de Zoonoses (Rua Alfa, s/nº, Distrito Industrial) ou ainda no canil municipal, localizado na avenida 8, ao lado da linha férrea. No caso dos animais de grande porte os proprietários podem adquirir as vacinas em casas agropecuárias.
Transmissão
- Mordedura, arranhadura e lambedura – A mais comum é pelo depósito da saliva, contendo vírus rábico, em pele ou mucosa. A introdução do vírus ocorre pela mordedura ou pela arranhadura do animal, assim como pela lambedura de pele com ferimento já existente ou de mucosa mesmo íntegra. A lambedura de mucosas (boca, narinas e olhos), por estas serem mais finas e friáveis que a pele, pode propiciar a introdução do vírus da raiva. A arranhadura por unha de gato, que tem o hábito de se lamber, pode ser profunda, introduzindo o vírus. Os receptores do vírus rábico no organismo encontram-se na pele e nas mucosas.
- Via respiratória – Pela inalação de aerossóis, contendo o vírus da raiva, provavelmente pela penetração pela mucosa da oro-faringe ou das vias aéreas superiores. Os casos descritos na literatura científica foram em 2 indivíduos que entraram em cavernas, densamente povoadas por morcegos infectados (milhões de espécimes – EUA) e 2 pessoas que manipularam o vírus da raiva em laboratório, sem que os mesmos tenham recebido vacina contra a raiva em esquema de pré-exposição e não adotaram medidas de biossegurança adequadas, tanto de proteção individual (EPI), quanto coletiva (EPC).
- Zoofilia – Práticas sexuais com animais (bestialismo) pela penetração do vírus pela pele e mucosa da região genital. No Brasil há relato de 2 casos de raiva humana por essa forma de transmissão, um no estado de Espírito Santo de um adolescente que mantinha relações sexuais com cabra, na década de 80, e outro em município do estado de São Paulo em que um adulto jovem do sexo masculino, que se deixava morder e lamber, na região genital, por cães (1997).
- Inter-humana – Quando se desconhece que a primeira pessoa morreu de raiva (caso índice), possivelmente não se faz a suspeita do caso secundário, transmitido pelo anterior. Na literatura científica há descrição de 2 casos na Etiópia: mãe após mordedura, em dedo da mão, do filho que faleceu de raiva; e filho que beijou na boca repetidas vezes sua mãe, quando esta já estava com raiva. Deve ser lembrado, no entanto, que frente a um caso de raiva humana, os comunicantes devem ser avaliados individualmente e ser indicada a Profilaxia da Raiva Humana pós-exposição, quando necessária.
- Transplante de córnea – Foram descritos na literatura científica, 8 casos de raiva, em décadas passadas, em pessoas que receberam córneas de doadores que morreram de raiva, sem que se suspeitasse que o óbito tivesse sido provocado por essa doença. Houve casos de doador envolvido em acidente automobilístico, acreditando-se ser a morte ocasionada por esse motivo e não por um distúrbio comportamental da raiva. Deve-se ressaltar o caso de um paciente que após o transplante de córnea teve um período de incubação longo, pois chegou a receber 2 doses de vacina, haja vista que o primeiro receptor da córnea do mesmo doador faleceu pela doença.
O que fazer quando agredido por um animal, mesmo se ele estiver vacinado contra a raiva
– Lavar imediatamente o ferimento com água e sabão.