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Armadeiras: época traz alerta sobre risco de picadas
Abril e Maio são os principais meses de reprodução dessa aranha e aparições aumentam no Sudeste; saiba o que fazer.
Por Nicolle Januzzi, Terra da Gente
Abril e maio são os principais meses de reprodução de uma das aranhas mais perigosas do mundo: a armadeira (gênero Phoneutria). É por isso que nessa época do ano aumentam os relatos de encontro com esses animais, com destaque para o Sudeste.
Por que a aranha vai parar em uma residência no meio da cidade?
“Após a época de estiagem das chuvas, geralmente entre abril e maio, os machos das aranhas-armadeiras se tornam adultos e saem à procura das fêmeas. No caminho, acabam aparecendo nas casas”, explica o especialista em aracnídeos Alexandre Michelotto.
Existem 9 espécies de aranhas-armadeiras, sendo que 8 ocorrem no Brasil e estão ameaçadas de extinção. Machos podem ultrapassar os 15 cm
De acordo com ele, a reprodução pode ocorrer em qualquer época do ano, mas no Sudeste esses dois meses têm maior incidência de aparição, justamente pela questão das chuvas. Mas, dependendo do lugar do Brasil, a estatística varia.
Como evitar que as aranhas-armadeiras apareçam?
A dedetização não é uma opção. “Dedetização só mata insetos, então não é eficaz para eliminar aranhas. Na verdade, o recomendado é não dedetizar se o objetivo for afastar aranhas, porque o veneno usado mata apenas os insetos que serviriam de alimento para as aranhas que, sem ter o que comer, sairão para caçar. Então acaba aumentando a possibilidade de encontro com esses aracnídeos”, afirma Michelotto.
De acordo com o especialista, a solução é vedar portas e janelas com telas e sempre tomar cuidado ao calçar sapatos, batendo antes de usar.
Mas, se a aranha aparecer mesmo assim, as opções são: escoltar o animal para a fora com o auxílio de uma vassoura e, com cautela, prendê-la em um pote grande, fechar com uma tampa e soltar em alguma área de mata. Ou entrar em contato com órgãos responsáveis como bombeiros ou centros de zoonoses.
Levei uma picada e agora?
A médica Camila Carbone, do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATóx) da Unicamp, alerta que em caso de picada da aranha-armadeira o indicado é procurar o pronto-socorro mais próximo.
“Em adultos, o veneno pode causar dor intensa e desconforto no local da picada, mas é mais perigoso e até letal em crianças, principalmente menores de 10 anos, que não receberem o atendimento adequado. Nelas, há maior risco de envenenamento sistêmico, com efeitos no corpo todo. Felizmente, existe um soro anti-aracnídeo que pode ajudar”, diz.Segundo a médica, o soro, através dos anticorpos, é capaz de neutralizar o veneno da aranha e, quanto mais rápido for dado pós-picada, mas eficaz é. “ Mas o paciente que for picado não deve se preocupar em ir para um local que tenha o soro, mas sim procurar o pronto-socorro mais próximo para receber os primeiros atendimentos rapidamente”, alerta.
É a equipe de saúde que avalia e, caso seja necessário, resolve a burocracia para o paciente ser transferido para um hospital com o soro, ou para o soro ser transportado até o paciente. Lembrando que o soro é usado em casos mais graves e, muitas vezes, não é necessário.
Se o paciente não souber a espécie de aranha que o picou, fica a critério da equipe médica o tratamento necessário de acordo com os sintomas e a história relatada. A picada da aranha-armadeira, por exemplo, pode deixar uma pequena marca na pele, mas às vezes, não gera marca física nenhuma, dificultando o reconhecimento.
Meu pet foi picado. E agora?
A orientação para animais picados pela aranha-armadeira é encaminhar diretamente para um hospital veterinário para os primeiros socorros e tratamento.
“Na maioria dos casos, quando falamos de animais adultos, a picada da armadeira não gera sintomas graves, apenas um quadro de inflamação e dor local. Mas, há exceções em que o animal desenvolve problemas cardiológicos e até neurológicos em decorrência do veneno da aranha”, explica a veterinária Letícia Domingues.
De acordo com ela, pode levar até 24 horas para os sintomas começarem a aparecer após a picada, por isso, em alguns casos, o animal fica de observação no hospital.
Há ainda dicas sobre o que fazer no caminho do hospital veterinário:
- Não esfregar e nem tentar lavar o local da picada
- Tentar conter e deixar o animal mais tranquilo e quieto possível, em uma caixa de transporte ou até mesmo no colo
“Essas na verdade são recomendações gerais para qualquer tipo de picada de animais peçonhentos em pets. Isso para não estimular a circulação (o que faria o veneno se espalhar mais rápido) e diminuir a frequência cardíaca”, afirma Letícia.
A veterinária explica ainda que apesar de não existir um soro para os pets, no hospital a equipe veterinária consegue oferecer suporte tratando os sintomas com medicações.
“Caso a pessoa consiga e veja a aranha que picou o animal, é sempre importante tentar tirar uma foto para o reconhecimento da espécie posteriormente, o que ajudaria na conduta veterinária”, finaliza.
Fonte : G1
E.M. THEODORO KOELLE RECEBE ORIENTAÇÕES SOBRE ESCORPIÕES E OUTROS BICHOS
Alunos e professores do período da manhã e tarde , da nova escola municipal no bairro Terra Nova, receberam o setor de educação e comunicação do CCZ para conhecer sobre os cuidados a respeito de escorpiões e outros animais que são atraídos por lixo, as doenças e problemas causados.
Receberam também informações de como agir em caso de acidentes e onde procurar atendimento.
O cuidado com descarte correto de resíduos e o conhecimento das complicações geradas, visa melhoria na qualidade de vida dos moradores e consequentemente, na saúde pública.
BRIGADA REFORÇA PROTEÇÃO À DENGUE
Representantes das escolas municipais atuarão como multiplicadores de informações
Rio Claro realizou o 1º Encontro dos Brigadistas Municipais contra o Aedes. A brigada é constituída por representantes das 64 escolas municipais, indicados pela equipe gestora, e auxiliarão no combate ao mosquito transmissor da dengue. Para isso, os brigadistas receberam da Fundação Municipal de Saúde orientações referentes à doença e sua prevenção. O encontro foi realizado pela Secretaria Municipal da Educação, por meio do Centro de Aperfeiçoamento Pedagógico (CAP), no auditório do Núcleo Administrativo Municipal (NAM).
“A dengue é um problema que atinge a todos e a prevenção é a melhor maneira de combatê-la”, destacou Valéria Velis, secretária da Educação, ressaltando a importância dos brigadistas e da união de todos na luta contra o Aedes.
A proposta da brigada contra o Aedes é de que os membros atuem como multiplicadores das informações em seus locais de trabalho e em suas residências, explica Edison Norberto de Andrade, coordenador de Educação Ambiental da Secretaria Municipal da Educação, que ministrou a atividade com Solange Mascherpe, do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Rio Claro, e Vanessa Magri, da coordenação pedagógica do CAP.
“Com uma checagem de no mínimo 10 minutos, uma vez por semana, é possível eliminar criadouros, interromper o ciclo do transmissor e evitar o nascimento de novos mosquitos, o que já é uma grande ajuda”, informa Solange, reforçando a importância da conscientização da comunidade.
A brigada contra a dengue somará aos demais esforços realizados pelo município no combate à doença. As orientações aos brigadistas serão realizadas trimestralmente. A meta é ampliar os debates incluindo outras zoonoses, conscientizando também sobre outras doenças e as formas de prevenção.
Fonte: Assessoria Imprensa PMRC
RAP DA DENGUE É COMPOSTO POR ALUNOS DA ESCOLA JOAQUIM RIBEIRO


Durante as aulas de biologia do prof. Alexsandro Vieira, na Escola Estadual Joaquim Ribeiro, o setor de Educação e Comunicação do Centro de Controle de Zoonoses foi convidado para palestra sobre zoonoses resultantes do descarte incorreto de lixo.
Após a apresentação os alunos realizaram várias atividades relativas ao tema e entre elas, criaram o primeiro Zoonocast, um podcast sobre zoonoses com questões elaboradas pelos alunos
à palestrante do CCZ, Solange Mascherpe.
https://cczrioclaro.wordpress.com/2022/05/20/e-e-joaquim-ribeiro-produz-podcast-sobre-zoonoses/
Após nova palestra apresentada à escola: ” Mosquitos e as arboviroses transmitidas”, o interesse pelo tema e novas atividades foram organizadas.
Os alunos e irmãos Francisco Raí e Ryan Araújo, autores de várias composições, criaram o “Rap da Dengue” para o episódio número dois do podcast.
A gravação foi realizada no estúdio “Rogério Rossini” da Secretaria de Cultura, que fica localizado dentro do prédio do Centro Cultural Roberto Palmari, com equipamentos profissionais e o técnico Cassiano que orientou os alunos e editou a criação.
O Rap da Dengue, além de inserido no podcast, será utilizado pelo CCZ em carros de som em trabalhos preventivos pelos bairros da cidade, valorizando a arte da autoria e interesse dos alunos compositores.
Esta parceria entre sociedade e poder público é fundamental para a conscientização relativa à eliminação de criadouros de mosquitos e prevenção às doenças que eles podem transmitir, as arboviroses, e a utilização da linguagem cotidiana utilizada pelos jovens, auxilia em um maior entendimento do problema e ações que podem contribuir para melhoria da saúde de toda comunidade.
Centro de Controle de Zoonoses participa do “Projeto Stop Aedes”
Alunos da E.E. Chanceler Raul Fernandes estão participando do “Projeto Stop Aedes”, organizado pelos professores de biologia Caroline Rodrigues de Souza Stencel e Giovane Ícaro Alves.
O Centro de Controle de Zoonoses foi convidado para uma palestra sobre o mosquito Aedes aegypti, vetor de diversas arboviroses como: dengue, zika, chikungunya, febre amarela e febre mayaro.
O objetivo é que após a apresentação, os alunos repassem as informações recebidas a outros colegas e organizem ações preventivas na escola e que sejam estendidas às famílias.
A conscientização e a participação de toda sociedade, é fundamental para o controle de criadouros e consequentemente, dos mosquitos e das doenças que eles podem transmitir.
E.E. JOAQUIM RIBEIRO PRODUZ PODCAST SOBRE ZOONOSES
Após a apresentação do CCZ sobre lixo, bicho e Zoonoses, os alunos realizaram várias atividades sobre o assunto e organizaram um Seminário do Itinerário Formativo. Cada estudante escolheu uma zoonose e montou a apresentação no CANVA, e em seguida ministrou para os colegas.


Dando segmento ao interesse pelas doenças transmitidas por animais, o CCZ foi novamente convidado para uma palestra sobre Mosquitos e as arboviroses transmitidas, como a Dengue, Zika, Chikungyna e Febre Amarela.
Após a apresentação, foi gravado um Podcast criado pelos alunos e denominado “Zoonocast”, entrevistando a palestrante Solange Mascherpe do setor de educação e comunicação Centro de Controle de Zoonoses de Rio Claro, sanando as principais dúvidas dos adolescentes sobre as zoonoses de nosso município.
Nossos agradecimentos à direção da escola, aos alunos e ao professor Alexsandro pelo interesse e iniciativas que só fazem aumentar o conhecimento e assim, o controle das arboviroses.
E.E. JOAQUIM RIBEIRO RECEBE CCZ
Alunos e professores do 2º ano do PEI – Programa de Ensino Integral, assistiram a palestra “Lixo = Bicho – Animais e doenças relacionadas ao descarte incorreto de lixo”.
Muito atentos, conheceram um pouco sobre mosquitos, roedores, animais peçonhentos, pombos, caramujos e ações que podem prevenir as doenças causadas por estes animais.
Nossos agradecimentos à direção da escola pela oportunidade da informação.





PARCERIAS ENTRE SECRETARIAS MUNICIPAIS EM PROL DA SAÚDE PÚBLICA E MEIO AMBIENTE
A forma mais eficaz de evitar-se agravamentos ou óbitos em relação à Febre Maculosa, é a informação.
A febre maculosa brasileira (FMB) é uma doença infecciosa febril aguda de gravidade variável, cuja apresentação clínica pode variar de formas leves e atípicas até formas graves, com taxa de letalidade elevada. A doença é causada pela bactéria Rickettsia rickettsii e transmitida por carrapatos.
Em áreas como sítios, parques, trilhas, qualquer local com vegetação há a possibilidade de contato com carrapatos. Se algum estiver contaminado, a transmissão geralmente ocorre quando o artrópode permanece aderido ao hospedeiro por um período de 4 a 6 horas e então, podemos desenvolver a Febre Maculosa.
Como os sintomas são muito semelhantes à outras arboviroses, o conhecimento sobre a transmissão da FMB é fundamental para avisar ao profissional de saúde sobre contato com carrapato ou o médico questionar durante a anamnese, que é histórico de todos os sintomas narrados pelo paciente sobre determinado caso clínico. Com estas informações, inicia-se o tratamento correto sem agravamentos ou evolução para óbito.
Para informar a população sobre estes riscos, o Centro de Controle de Zoonoses solicitou ao Departamento de Mobilidade Urbana, a confecção de placas para para serem fixadas em locais com risco de contato com carrapatos. O DMU aproveitou algumas placas que não seriam mais utilizadas no trânsito e poderiam ser descartadas.
Com estas placas informativas, os munícipes poderão saber da possibilidade de contato com carrapatos, os sintomas iniciais e a importância de avisar ao médico.
Este trabalho engloba prevenção de doenças e diminuição de custos à saúde pública, sustentabilidade relativa ao aproveitamento de material da administração e trabalhos intersetoriais.
Febre do Nilo Ocidental
O que é Febre do Nilo Ocidental?
A Febre do Nilo Ocidental (FNO) é uma infecção viral causada por um arbovírus (mosquito), assim como Dengue, Zika, Chikungunya e a Febre do Mayaro. Os fatores de risco estão relacionados à presença do ser humano em áreas rurais e silvestres que contenham o mosquito infectado e que, por ventura, venha a picar estes seres humanos.
A doença pode ser assintomática ou apresentar sintomas distintos, de acordo com cada pessoa e com o nível de gravidade da doença. No caso desta infecção, a causa é o vírus do gênero Flavivirus, família Flaviviridae, assim como os vírus da Dengue e da Febre Amarela.
IMPORTANTE: As formas graves da Febre do Nilo Ocidental atingem com maior frequência as pessoas idosas.
Como a Febre do Nilo Ocidental é transmitida?
O vírus da Febre do Nilo Ocidental é transmitido por meio da picada de mosquitos infectados, principalmente do gênero Culex (pernilongo). Os hospedeiros naturais são algumas espécies de aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus e como fonte de infecção para os mosquitos.
Também pode infectar humanos, equinos, primatas e outros mamíferos. O homem e os equídeos são considerados hospedeiros acidentais e terminais, uma vez que a contaminação do vírus se dá por curto período de tempo e em níveis insuficientes para infectar mosquitos, encerrando o ciclo de transmissão.
Outras formas mais raras de transmissão já foram relatadas e incluem transfusão sanguínea, transplante de órgãos, aleitamento materno e transmissão transplacentária.
IMPORTANTE: A transmissão por contato direto já foi demonstrada em laboratório para algumas espécies de aves, no entanto não há transmissão de pessoa para pessoa.
Quais são os sintomas da Febre do Nilo Ocidental?
Estima-se que 20% dos indivíduos infectados pelo vírus da Febre do Nilo Ocidental desenvolvam sintomas, na maioria das vezes leves e até mesmo nem apresentem qualquer sintoma. A forma leve da doença caracteriza-se pelos seguintes sinais:
- febre aguda de início abrupto, frequentemente acompanhada de mal-estar;
- anorexia;
- náusea;
- vômito;
- dor nos olhos;
- dor de cabeça;
- dor muscular;
- exantema máculo-papular e linfoadenopatia.
O período de incubação intrínseca – tempo entre a infecção do hospedeiro e a manifestação de sinais e sintomas – nos humanos varia de 3 a 14 dias após a picada do mosquito e pode apresentar manifestação subclínica ou com sintomatologia de distintos graus de gravidade, variando desde febre passageira – acompanhada ou não de mialgia (dor muscular) – até sinais e sintomas de acometimento do sistema nervoso central com encefalite ou meningoencefalite grave.
Um em cada 150 indivíduos infectados desenvolve doença neurológica severa (meningite, encefalite ou poliomielite). A encefalite é o quadro mais comum entre as manifestações cerebrais. Em menos de 1% das pessoas infectadas, o vírus causa uma infecção neurológica grave, incluindo inflamação do cérebro (encefalite) e das membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal (meningite). A Síndrome de Guillain Barré também pode se apresentar, assim como em outros tipos de infecção.
As formas mais graves ocorrem com maior frequência em indivíduos com idade superior a 50. Se não tratada corretamente, em casos raríssimos a Febre do Nilo Ocidental pode matar.
IMPORTANTE: Após a infecção, a pessoa pode desenvolver imunidade duradoura contra o vírus causador da Febre do Nilo Ocidental.
Como é feito o diagnóstico da Febre do Nilo Ocidental?
O teste diagnóstico mais eficiente para a Febre do Nilo Ocidental é a detecção de anticorpos IgM contra o vírus do Nilo Ocidental em soro (coletado a partir do 5º dia após o início dos sintomas) ou em líquido cefalorraquidiano (LCR; coletado após o 8º dia a partir do início dos sintomas), utilizando a técnica de captura de anticorpos IgM (ELISA).
Pacientes recentemente vacinados (contra febre amarela, por exemplo) ou infectados com outro flavivírus (ex: Febre Amarela, Dengue, Zika, Saint Louis, Rocio, Ilhéus) podem apresentar resultado de IgM-ELISA positivo (reação cruzada). Outras provas, como a inibição da hemaglutinação, detecção do genoma viral (PCR), isolamento viral e PRNT também podem ser utilizadas.
Outros achados importantes
Entre os casos graves dos recentes surtos, observou-se que:
- A contagem de leucócitos apresenta-se geralmente normal ou elevada, também ocorrendo linfocitopenia e anemia.
- O exame do LCR mostra pleocitose linfocítica com proteínas elevadas e glicose normal.
- A tomografia computadorizada do cérebro apresenta-se geralmente normal. A imagem por ressonância magnética pode apresentar aumento das leptomeninges e/ou da área periventricular e alteração do sinal do parênquima.
Diagnóstico diferencial
O diagnóstico diferencial da Febre do Nilo Ocidental inclui diversas arboviroses (neuroinavasivas e não neuroinvasivas) e outras doenças virais febris agudas (como dengue, leptospirose, febre maculosa, e outras) ou com acometimento do sistema nervoso central. Assim, a abordagem sindrômica é a mais indicada para a vigilância da FNO, a partir da identificação de pacientes com quadros neurológicos de etiologia viral (encefalite, meningite, meningoencefalite, paralisia flácida aguda) sem causa conhecida.
Como é feito o tratamento da Febre do Nilo Ocidental?
Não existe vacina ou tratamento antiviral específico para a Febre do Nilo Ocidental. O tratamento é sintomático para redução da febre e outros sintomas. Para casos leves, analgésicos podem ajudar a aliviar dores de cabeça leves e dores musculares.
Não consuma nenhum tipo de medicamento sem a devida orientação médica.
Os casos mais graves, frequentemente, necessitam de hospitalização para tratamento de suporte, com reposição intravenosa de fluidos, suporte respiratório e prevenção de infecções secundárias, além de tratamento específicos para pacientes com quadros de encefalites ou menigoencefelite em sua forma severa.
IMPORTANTE: Tenha cuidado ao administrar aspirina, pois os componentes podem provocar hemorragia e agravar o quadro de saúde da pessoa.
Quais são as complicações possíveis da Febre do Nilo Ocidental?
A Febre do Nilo Ocidental, raramente, pode evoluir para complicações no quadro de saúde das pessoas. As formas graves geralmente se apresentam em pessoas idosas ou com sistema imunológico comprometido. As complicações também podem aparecer quando a doença não é tratada corretamente.
Entre as complicações possíveis, estão apresentações neurológicas graves, como, por exemplo:
- Ataxia e sinais extrapiramidais.
- Anormalidades dos nervos cranianos.
- Mielite (inflamação da medula espinhal).
- Neurite óptica.
- Polirradiculite
- Convulsão.
Como a Febre do Nilo Ocidental pode afetar a gravidez?
Segundo o Centro de controle e prevenção de doenças dos Estados Unidos (CDC/USA), mulheres grávidas não apresentam maior risco para infecção por vírus do Nilo Ocidental.
Com relação às grávidas já infectadas pelo vírus, as evidências apontam para um baixo risco de infecção para o feto ou recém nascido, com poucos casos sendo reportados.
Mulheres grávidas em área de transmissão devem se prevenir evitando picadas de mosquitos, por meio do uso de roupa comprida e repelente de insetos. Parecem ser raros os casos de transmissão do vírus da Febre do Nilo Ocidental para o bebê por meio da amamentação, porém esse tema ainda precisa ser melhor estudado.
Como prevenir a Febre do Nilo Ocidental?
Não existem formas efetivas de se prevenir a Febre do Nilo Ocidental, exceto evitar a presença de insetos nas áreas onde vivem os seres humanos. As medidas abaixo ajudam a reduzir os riscos:
- Evite água parada.
- Evite locais sem saneamento básico.
- Coloque tela nas janelas e portas.
- Não despeje lixo em valas, valetas, margens de córregos, rios e riachos.
- Use inseticidas e larvicidas.
- Use repelentes.
- Quem vive ou trabalha em área onde há mosquitos infectados está em risco de infecção pelo vírus do Nilo Ocidental (VNO). Portanto, todos os trabalhadores devem ter o cuidado de reduzir o seu potencial de exposição à infecção.
- Trabalhadores em risco são aqueles que trabalham ao ar livre, que incluem: médicos veterinários, agrônomos, zootecnistas, biólogos, agricultores, paisagistas, jardineiros, trabalhadores da construção civil, entomologistas e outros trabalhadores de campo.
- Evite manusear animais mortos quando possível. Evite o contato direto. Se você deve lidar com eles, usar luvas duplas de procedimento, que fornecem uma barreira protetora entre sua pele e sangue ou outros fluidos corporais.
IMPORTANTE: Os mosquitos podem se desenvolver em qualquer poça de água ou água que fica por mais de quatro dias. Trabalhadores em locais perto de poças, lagos, bebedouros, valas de irrigação, barris que armazenem água de chuva, lagoas de estrume, ou quaisquer outros locais com água estagnada estão em risco de exposição ao mosquito. Equipamentos como pneus, lonas, baldes, barris e carrinhos de mão podem favorecer a proliferação dos mosquitos.
Viajantes a Febre do Nilo Ocidental?
Orienta-se aos viajantes que se deslocam para fora do Brasil buscar informações quanto ao país de destino no sentido de avaliar se o mesmo é área de ocorrência da Febre do Nilo Ocidental, verificando ainda se o período programado da viagem corresponde àquele de transmissão mais frequente da doença. Uma vez identificado como área de transmissão, recomenda-se adotar as estratégias de proteção individual:
- Evitar locais onde se encontram os mosquitos transmissores em abundância.
- Caso a pessoa não tenha opção, tentar se prevenir ao máximo para evitar a transmissão através da picada do mosquito vetor.
- Evitar acúmulo de lixo, água parada e matéria orgânica, pois são fontes de proliferação de mosquitos.
- Evitar sair às ruas e em ambiente de área silvestre no momento de maior atividade dos mosquitos (entardecer e amanhecer).
- O uso de repelentes e roupas de mangas e pernas cumpridas pode ajudar a evitar ou reduzir o contato com mosquitos.
Caso um viajante que tenha frequentado áreas com ocorrência de casos de Febre do Nilo Ocidental apresente, em até 15 dias após a viagem, sinais e sintomas compatíveis com a doença, deve procurar imediatamente atendimento médico e relatar o histórico de deslocamento e o tempo entre a data de possível exposição e a data de início dos sintomas.
Fonte: Ministério da Saúde
RIO CLARO REALIZA AÇÕES NA SEMANA ESTADUAL DE MOBILIZAÇÃO PARA PREVENÇÃO ÀS ARBOVIROSES
De 08 a 12 de Novembro ocorreu a Semana Estadual de Mobilização para Prevenção às Arboviroses.
O objetivo desta semana é a promoção em todos municípios do estado de São Paulo, de ações simultâneas para conscientização sobre arboviroses e reduzir a infestação do mosquito Aedes aegypti, vetor de arboviroses como a Dengue, Zika e Chikungunya, com a retirada de recipientes favoráveis à sua proliferação.
O que são arboviroses?
O termo arbovírus deriva da expressão inglesa ARthropod BOrne VIRUSES, adotada, em 1942, para designar grupo de infecções virais cujos agentes foram isolados de animais que tinham participação na etiologia das encefalites
Arboviroses são as doenças causadas pelos arbovírus. A classificação “arbovírus” engloba todos aqueles transmitidos por insetos e aracnídeos (como aranhas e carrapatos).
Atualmente, são conhecidas no mundo mais de quinhentas espécies de arbovírus, dentre os quais 150 tem potencial para causar doenças em humanos. Destas, no Brasil há duzentas espécies, das quais aproximadamente quarenta podem afetar o homem.
Do ponto de vista do número de pessoas acometidas, a vasta maioria das arboviroses é transmitida por mosquitos, onde destaca-se o Aedes aegypti, por sua habilidade de transmitir vários arbovírus diferentes e por ser um vetor urbano altamente adaptável.
Ações em Rio Claro
Em nosso município ações preventivas contra mosquitos e as doenças por eles transmitidas, são realizadas diariamente e foram intensificadas durante esta semana.
Mutirões foram realizados no final de semana em bairros onde o índice de criadouros positivos (com larvas), foram significativos durante os trabalhos de Breteau ou LIRAa (Levantamento Rápido do Índice de Infestação por Aedes aegypti) que tem por objetivo mapear os criadouros do mosquito transmissor em diferentes regiões do município. Esta ação teve a parceria da Secretaria de Meio Ambiente que recolheu possíveis criadouros separados por moradores e pelos agentes de endemias com o Caminhão Cata Bagulho.



Ação conjunta entre o Centro de Controle de Zoonoses, Vigilância Sanitária, Departamento de Obras , Meio Ambiente e Defesa Civil foi realizada em um ferro velho, cadastrado como ponto estratégico próximo ao centro da cidade, onde foram retirados inicialmente 17.020 kg de material inservível e o proprietário multado. Os trabalhos de remoção deverão continuar durante os próximos dias.



Faixas foram fixadas em locais de grande circulação de pessoas como na Lagoa Seca, no Cervezão, onde estava estacionado o ônibus realizando exames de mamografia e nos semáforos do centro da cidade.




Agentes distribuíram folhetos informativos no trânsito



No Jardim Público, região central da cidade, onde há uma grande circulação de pessoas , foi montado um “stand” com vidrarias com amostras do ciclo do mosquito Aedes aegypti, e de outros vetores de arboviroses como Flebotomínios, transmissores de Leishmaniose visceral e cutânea, Triatomíneos, transmissores da doença de Chagas, carrapatos, transmissores de Febre Maculosa e animais peçonhentos.
Além de poder conhecer de perto estes vetores, o público recebeu folhetos informativos e material didático para as crianças.









A utilização de bonecos com brincadeiras e teatralização durante as exposições, chamou bastante a atenção do público para o evento que estava sendo realizado.





Aproveitando a ocasião, agentes realizaram ação na água da fonte luminosa da praça onde verificaram a presença de larvas e de mosquito.



Publicações referente à arboviroses em redes sociais e imprensa foram intensificadas com publicações de pesquisas, curiosidades, dicas e ações realizadas.




Jornal Cidade Rio Claro
Jornal Diário do Rio Claro
Palestras






A informação é fundamental para que o público tenha conhecimento das arboviroses, ciclos e ações que são necessárias para o controle de vetores e consequentemente, das doenças por eles transmitidas.
O engajamento de toda população é fundamental para o sucesso dos trabalhos preventivos realizados pelos órgãos públicos.