DENGUE: SE VOCÊ AGIR, PODEMOS EVITAR

Archive for the ‘animais’ Category

CRAS PANORAMA RECEBE ORIENTAÇÕES SOBRE PIOLHOS

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Só de falar, a cabeça já coça 😆

Estes insetos que não escolhem clima, local ou classe social podem trazer problemas de saúde e psicológicos.

As crianças do CRAS Panorama receberam informações de como evitar ou como tratar quando alojados em seus cabelos.

A receptividade com as informações, o carinho e acolhimento foram demais!

CCZ NO TIRO DE GUERRA

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O setor de Educação e Comunicação do CCZ levou importante informações aos novos atiradores do Tiro de Guerra de Rio Claro.

Na palestra foram abordados os temas: mosquitos, animais peçonhentos, roedores, caramujos e doenças relacionadas ao descarte incorreto de resíduos.

Nossos agradecimentos ao comando da unidade pela oportunidade da informação que poderão ser multiplicadas com ações de cidadania que refletem em toda saúde pública.

FEBRE MACULOSA

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Pais e professores da E.M. Benjamin Ferreira estiveram nas dependências da escola na noite de ontem para conhecer um pouco mais sobre a Febre Maculosa Brasileira, doença transmitida pelo carrapato estrela.

O setor de Educação e Comunicação do CCZ informou sobre os cuidados preventivos e a necessidade de alerta com sintomas após contato com carrapatos ou áreas com risco de contato.

CCZ ORIENTA SOBRE POSSE RESPONSÁVEL DE ANIMAIS

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A convite do prof. Andrei, alunos da E.E. Prof. Michel Antônio Alem receberam o setor de Educação e Comunicação do CCZ para informações sobre Posse Responsável de Animais.

O Centro de Controle de Zoonoses, além do bem estar animal, tem como objetivo, a saúde humana decorrente da boa saúde dos animais, evitando-se assim a transmissão de diversas zoonoses.

Os alunos conheceram sobre cuidados com alimentação, vermífugos, castração e doenças como a Raiva e a leishmaniose, entre outras.

Parabéns à direção da instituição e à iniciativa do professor em levar estas importantes informações sobre animais aos alunos que, poderão aplicá-las e compartilhar com amigos e familiares.

Sem medo da febre maculosa

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Doença causada por bactéria transmitida por carrapatos pode ser combatida com conhecimento de sua ecologia e diagnóstico clínico eficaz

Há um surto de febre maculosa? “Não, de forma alguma!” Marcelo Labruna, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP), é enfático diante da pergunta da reportagem de Pesquisa FAPESP. Em viagem pelo interior paulista com colaboradores britânicos, coletando carrapatos para verificar se diferentes tipos de vegetação são mais ou menos propícios a albergar os invertebrados portadores da bactéria causadora da doença, ele não hesita ao falar sobre o assunto: a epidemia que existe, a seu ver, é de desinformação. “Estudo febre maculosa há 30 anos, uma doença que ninguém sabe que existe. Nem a população em risco, nem os médicos”, alerta.
A primeira coisa a se saber é que a febre maculosa tem cura e, apesar da alta letalidade, não mata de um dia para o outro. “Se eu tiver febre súbita depois de estar no campo, sei que tenho dois dias, até três, para começar a tomar antibiótico, sem apavoramento”, diz. Os primeiros sintomas são inespecíficos, como febre e dor de cabeça. As características manchas na pele podem aparecer só duas semanas depois, quando a bactéria Rickettsia rickettsii já causou extensos danos aos vasos sanguíneos e o tratamento pode já não ajudar muito. É importante informar ao médico ter passado por onde a doença circula, como regiões com pastos, canaviais ou presença de capivaras. Uma vez medicado a tempo, o paciente se recupera sem problemas.
Tomar antibiótico de modo preventivo não é uma opção, afirma Labruna. A medicação impede a bactéria de se multiplicar, mas só o próprio sistema imunológico da pessoa doente consegue eliminá-la. Por isso, o tratamento só deve ser iniciado depois que as defesas naturais do organismo começaram a se manifestar.
Léo Ramos Chaves / Revista Pesquisa FAPESPO carrapato-estrela se apoia no capim, de onde consegue agarrar-se aos animais que passamLéo Ramos Chaves / Revista Pesquisa FAPESP

Labruna lembra também a importância de se retirar o carrapato rapidamente. O contato prolongado é necessário para a transmissão eficiente da bactéria, como mostra uma série de vídeos voltada ao público infantil, produzidos pela enfermeira Gabriela Bragagnollo, pesquisadora da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto da USP. “As pessoas da cidade não percebem a presença do carrapato”, diz Labruna, que afirma logo sentir a picada e retirar o animal quando está no mato. Por isso, apesar de constantemente exposto, ele não tem medo de pegar a doença.
A culpa é da capivara?
Maiores roedores do mundo, as capivaras (Hydrochoerus hydrochaeris) são os principais reservatórios da bactéria em termos de biomassa. E vivem em relativa proximidade com pessoas, por terem uma capacidade de se adaptar ao consumo de uma diversidade de plantas e, assim, se darem bem em áreas modificadas pela ação humana, como mostrou artigo do grupo de Labruna publicado em fevereiro na revista científica Journal of Zoology.
Esses animais, no entanto, não são amplificadores muito eficientes. Um dos motivos é que eles se tornam imunes depois de uma primeira infecção e, depois disso, não permitem em suas células a multiplicação suficiente das bactérias para serem transmitidas para os carrapatos-estrela do gênero Amblyomma, que são os vetores responsáveis por infectar seres humanos, conforme mostrou trabalho coordenado por Labruna publicado em 2020 na revista científica Ticks and Tick-borne Diseases. A bactéria só consegue continuar o ciclo de contágio em capivaras se houver jovens ou recém-chegadas, que não foram expostas à doença.
Por isso, mesmo estando associadas a uma boa parte dos contágios com consequências graves em pessoas que se aproximam delas, matar as capivaras não é solução. Labruna explica de forma simples: como roedores, procriam facilmente quando há alimento disponível, o que acontece ao retirar parte de uma população. “E ter jovens no grupo, sem exposição prévia, é exatamente o que a bactéria Rickettsia quer”, brinca o pesquisador.
Carrapaticida ainda não é uma opção viável. Os poucos produtos disponíveis são de aplicação difícil em animais silvestres, as capivaras passam boa parte de seu tempo dentro da água, o que significa que o produto ficaria dissolvido na água e não aderido à pelagem dos mamíferos.
Para evitar a recolonização de uma área por capivaras recém-chegadas e suscetíveis à doença em determinada área, a lei proíbe que se mate esses animais em locais que não sejam isolados. O problema é que é muito difícil fazer uma cerca infalível, assim como em áreas grandes é quase impossível eliminar por completo uma população dos roedores. A solução adotada pelo grupo do veterinário é a esterilização com laqueadura e vasectomia, estratégia que vem funcionando em algumas áreas endêmicas para febre maculosa no interior do estado. A estratégia impede a reprodução, mas não elimina os hormônios que impelem os animais a proteger seu território, o que leva a um isolamento mais eficaz do que uma boa cerca. “Quando reduzimos a natalidade em 80%, em cinco anos a bactéria desaparece da população”, afirma. Em ampla escala, porém, essa estratégia torna-se inviável.
O agrônomo Luciano Verdade, do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da USP, completa que as capivaras não são as únicas portadoras do carrapato-estrela. Aves e serpentes, por exemplo, também são parasitadas e basta chegarem a uma nova área com um desses invertebrados entre as penas ou escamas para, potencialmente, introduzir o carrapato e suas bactérias, contagiando outros animais. “Se cair uma bomba atômica no estado de São Paulo, as capivaras, os carrapatos e a bactéria Rickettsia continuarão existindo”, conclui.
Epidemiologia
Especialista em estudos ecológicos em paisagens alteradas por ações humanas, Verdade lidou ao longo da carreira com situações nas quais o contato entre pessoas e fauna selvagem leva à transmissão de doenças. A febre maculosa esteve desaparecida do município de Piracicaba, onde fica o Cena, por várias décadas na segunda metade do século XX, e seu grupo foi o primeiro a voltar a detectá-la, em 2001.

Alexandre Affonso/Revista Pesquisa FAPESP
Do ponto de vista epidemiológico, não é possível dizer que as mortes ocorridas em junho na região de Campinas, no interior paulista, em consequência de infecções adquiridas em uma mesma fazenda, além de outros casos noticiados em seguida, estejam fora da norma. “Nos últimos 10 anos a prevalência de febre maculosa no estado de São Paulo está razoavelmente constante”, diz Labruna, a partir de dados da Secretaria de Estado da Saúde. Em 2022, cerca de 60 casos foram confirmados por exame sorológico, dos quais três quartos foram fatais. “Em 2018, 11 pessoas morreram por contágio em um pesqueiro”, lembra ele. A concentração de casos costuma se iniciar entre abril e maio e durar até outubro ou novembro, seguindo o ciclo de vida do carrapato transmissor.
Para Verdade, o problema maior da febre maculosa é a falta de diálogo entre as medicinas preventiva e clínica. “É necessário aprimorar a capacidade clínica de detecção da doença”, afirma. “Enquanto se vilaniza as capivaras, outras estratégias são negligenciadas.” Uma boa anamnese e perguntas sobre o contato com carrapatos já faz uma diferença enorme e pode levar a um diagnóstico suficiente para a prescrição de antibiótico, mesmo que não identifique o patógeno específico. É essa a recomendação dos Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC). O pesquisador também considera crucial o desenvolvimento de testes rápidos para detectar a bactéria no organismo humano e fazer o diagnóstico.

    Entrevista: Marcelo Bahia Labruna

00:00 / 09:27

Medicina preventiva
Uma vacina que evite o contágio é um dos objetivos perseguidos pelo grupo da bióloga Andréa Fogaça, do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da USP, que tem uma parceria de longo prazo com Labruna. Seu grupo identificou em carrapatos Amblyomma sculptum a proteína inibidora da apoptose (IAP), essencial para que possam se alimentar. Quando a produção da molécula é impedida por intervenções moleculares, eles morrem ao sugar o sangue de coelhos, independentemente de estarem ou não infectados por Rickettsia. A causa é a apoptose, morte programada de células, normalmente inibida pela proteína em questão, de acordo com artigo publicado em março, por seu grupo, na revista Parasites & Vectors. O achado foi resultado do mestrado da biomédica Marcelly Bastos Nassar, que no doutorado está tentando entender o que na alimentação ativa a apoptose. “Estamos projetando peptídeos da IAP para imunizar coelhos contra o carrapato-estrela, que morreria ao se alimentar, para depois fazer o teste em animais que são hospedeiros naturais da bactéria”, conta Fogaça, que trabalha em conjunto com colegas de especialidades complementares e espera ter resultados em um ano.
A picada do carrapato infectado é a única maneira de as pessoas contraírem a febre maculosa. A pesquisadora explica que esse aracnídeo e a bactéria não precisam da presença humana em seu ciclo de vida. “As fêmeas de carrapatos transmitem para seus filhotes, eles são reservatórios”, diz. “Gambás também, mas as capivaras se destacam por terem mais biomassa e manterem a bactéria por mais tempo na corrente sanguínea.” A bióloga afirma que a vigilância epidemiológica é fundamental: monitorar a presença da bactéria nas capivaras e aparar a grama dos parques para reduzir os esconderijos dos carrapatos.
Projetos

  1. Carrapatos, Rickettsia e Borrelia: Estudos a campo e de laboratório (nº 22/12852-0); Modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular; Pesquisador responsável Marcelo Bahia Labruna (USP); Investimento R$ 326.898,44.
  2. O papel da microbiota no delineamento da imunidade do intestino e da competência vetorial de carrapatos (nº 21/03649-4); Modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular; Pesquisadora responsável Andréa Cristina Fogaça (USP); Investimento R$ 363.114,87 .
  3. Caracterização funcional de componentes do sistema imune, da saliva e da microbiota de carrapatos Amblyomma spp. no estabelecimento da infecção por Rickettsia rickettsii (nº 20/16462-7); Modalidade Auxílio à Pesquisa – Regular; Pesquisadora responsável Andréa Cristina Fogaça (USP); Investimento R$ 171.865,09.
  4. Capivaras, carrapatos e febre maculosa (nº 13/18046-7); Modalidade Projeto Temático; Pesquisador responsável Marcelo Bahia Labruna (USP); Investimento R$ 2.574.145,87.
  5. Caracterização molecular das interações entre carrapatos, riquétsias e hospedeiros vertebrados (nº 13/26450-2); Modalidade Projeto Temático; Pesquisadora responsável Sirlei Daffre (USP); Investimento R$ 2.942.860,37.
    Artigos científicos
    MAGIOLI, M. et al. Plasticity in resource use explains the persistence of the largest living rodent in anthropized environments. Journal of Zoology. v. 320, n. 2, p. 108-19. 27 fev. 2023.
    RAMÍREZ-HERNÁNDEZ, A. et al. Capybaras (Hydrochoerus hydrochaeris) as amplifying hosts of Rickettsia rickettsii to Amblyoma sculptum ticks: Evaluation during primary and subsequent exposures to R. rickettsii infection. Ticks and Tick-borne Diseases. v. 11, n. 5, 101463. 7 mai. 2020.
    NASSAR, M. et al. The survival of Amblyomma sculptum ticks upon blood-feeding depends on the expression of an inhibitor of apoptosis protein. Parasites & Vectors. v. 16, 96. 10 mar. 2023.

Post original: revistapesquisa.fapesp.br

CCZ VACINA CÃES DO CANIL MUNICIPAL

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Equipes do CCZ realizaram a vacinação antirrábica em 153 cães abrigados no Canil Municipal.

A Raiva é uma doença infecciosa aguda que uma vez instalada é sempre fatal. É causada por um vírus que se alastra pelo sistema nervoso de animais de “sangue quente” domésticos ou selvagens, cães, gatos, macacos, morcegos, incluindo o homem.

Como se adquire ?

A transmissão da raiva se dá pela saliva do animal contaminado pelo vírus da raiva, através de lesão da pele do novo hospedeiro. Este vírus pode inoculado por arranhadura, mordida ou lambida do animal doente. Característica da própria doença é o aumento da agressividade do doente, o que facilita o ataque do doente a um novo animal ou ao homem.

Prevenção contra a Raiva

Apesar das campanhas de vacinação terem sido suspensas pelo governo estadual desde 2019, o Centro de Controle de Zoonoses de Rio Claro realiza  o Programa de Controle da Raiva diariamente :

. Observação animal: após receber notificação de acidente com mordedura de cães ou gatos, através da  Vigilância Epidemiológica que cuida dos humanos, o CCZ observa o animal durante 10 dias. Se for um animal de rua, ele é recolhido para observação nas dependências do órgão e após este período, é colocado para adoção.

. Morcegos: São recolhidos animais encontrados caídos ou que tiveram contato com animais de estimação. São identificados conforme a espécie pelo setor de Biologia e  enviados para análise de Raiva no Instituto  Pasteur. Animais contactantes com morcegos, são revacinados e observados por um período de até 180 dias.

. Vacinação em cães e gatos

O ideal é que os filhotes de cães e gatos tomem a primeira dose da vacina antirrábica logo aos quatro meses de vida. Posteriormente, eles devem receber o reforço do imunizante anualmente.

O CCZ vacina diariamente das 7: 30 às 15:30, na Rua Schobel, 105 – Distrito Industrial .

Solicitamos ligar antecipadamente para verificação de estoque: 3522-1435.

Morcego albino e muito raro é encontrado em Piracicaba

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O animal é considerado raro, sendo apenas a segunda ocorrência desta espécie em idade adulta no Brasil.

Foto: Guilherme Valdanha/CCS

Um morcego da família Mollossidae, espécie Eumops glaucinus, albino, teve ocorrência registrada nesta semana pela equipe do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), vinculado à Secretaria Municipal de Saúde. O animal é considerado raro, sendo apenas a segunda ocorrência desta espécie em idade adulta no Brasil. A identificação e confirmação da raridade do caso foram feitas pelo médico veterinário e coordenador do CCZ, Matheus Santos, e pela bióloga do CCZ, Regina Lex Engel.

Os animais albinos raramente conseguem alcançar a idade adulta, pois podem ser acometidos por queimaduras ou câncer de pele e também são facilmente vistos por predadores devido à coloração branca.

Conforme explica Santos, nesta segunda-feira (31), o Centro de Controle de Zoonoses foi acionado para recolher um morcego de cor branca encontrado no quintal de uma residência no bairro Javari I. “Fomos até o local e confirmamos o morcego da coloração branca. Recolhemos o animal e o levamos para devida identificação em nosso laboratório do CCZ, liderados pela bióloga Regina”, disse.

A bióloga explica que o animal foi devidamente identificado como albino por meio de chave taxonômica – ramo da biologia que descreve, identifica e nomeia os seres vivos de acordo com os critérios como aspectos morfológicos, genéticos, fisiológicos e reprodutivos – própria para a Ordem Chiroptera. “Assim foi possível classificá-lo como morcego da família Mollossidae espécie Eumops glaucinus, mas com a pelagem do corpo totalmente branca, ao invés do padrão cinza chumbo da espécie, além da presença dos olhos vermelhos. Desta forma, pudemos caracterizá-lo como um caso raro de albinismo completo em morcegos, uma condição promovida por mutação genética, onde não há a produção de melanina pelas células do corpo do animal”, explicou Regina.

O outro morcego albino da espécie Eumops glaucinus de que se tem registro no Brasil foi encontrado em Campinas, em 2000. “Assim, este é o segundo registro de morcego albino dessa espécie no Brasil. O fato, além de ser raro pela ocorrência, é mais raro ainda por se tratar de um animal albino que conseguiu chegar à vida adulta. Tal ocorrência será publicada pelo CCZ em revista científica em breve”, relatou a bióloga.

O secretário de Saúde, Filemon Silvano, parabenizou o trabalho realizado pelo CCZ. “A equipe é capacitada e muito envolvida para o bom andamento do departamento. Parabenizo a todos pela rara descoberta e que este exemplar possa integrar nosso acervo de espécies para fins educacionais”, enfatizou.

A ESPÉCIE – O morcego albino encontrado nesta segunda-feira é da espécie Eumops glaucinus, insetívora – se alimenta de insetos – sendo muito comum em centros urbanos, vivendo em frestas de edificações, juntas de dilatação, rufos e sob folhas de palmeiras. A estrutura social é de pequenas colônias com poucos machos que formam haréns com várias fêmeas, geralmente em períodos reprodutivos.

BRANCOS – Segundo Regina Lex Engel, existem duas famílias de morcegos verdadeiramente brancos no mundo, sendo os da família Phyllostomidae, conhecidos popularmente como Morcego-branco-de-honduras, e os da família Emballonuridae, conhecidos também como morcegos-fantasmas, sendo que apenas esta segunda espécie ocorre no Brasil, mais especificamente na floresta Amazônica, em alguns estados da região norte, e na mata atlântica, nos estados da Bahia e Espírito Santo.

Foto: Guilherme Valdanha/CCS

Fonte: Jornal Piranot

SIPAT ALDORO TEM PARTICIPAÇÃO DO CCZ

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A empresa Aldoro Ind. Pós Pigmentos Metálicos está realizando a Semana Interna de Prevenção de Acidentes de Trabalho – SIPAT, e convidou o setor de educação e comunicação do Centro de Controle de Zoonoses para participar do evento.

O tema escolhido para orientações a seus funcionários este ano foi a Posse Responsável de Animais.

Esta palestra além das orientações para o bem estar animal, tem como objetivo a prevenção de diversas zoonoses que podem ser transmitidas pelos animais a humanos, a diminuição de abandonos e impactos ao meio ambiente.

COM ESCORPIÃO NÃO SE BRINCA

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Como se desenvolvem:

Os escorpiões são animais peçonhentos que  injetam veneno por um ferrão na ponta da cauda. Normalmente, os acidentes acorrem quando as pessoas encostam no animal, geralmente com as mãos e os pés.

A proliferação dos escorpiões acontece nos períodos mais quentes e  chuvosos como  na  primavera e  no  verão, porém sua infestação é observada durante todo o ano.

É comum se esconderem próximos ás residências, terrenos abandonados com entulhos, embaixo  de materiais  de construção (madeiras,  telhas,  tijolos  e pedras)  e em lixo, mato e jardins.

Nas residências, são comuns em saída de esgoto,  ralos  e caixas de gordura. Procuram lugares escuros e se alimentam principalmente de baratas. Daí a importância de se combater esses insetos, que são atrativos para aparecer escorpiões.

CAPTURA SEGURA

Nunca capture escorpião com as mãos, mesmo que enluvadas;

  • Nunca faça essa captura sozinho. Tenha sempre outra pessoa com você;
  • Nunca utilize inseticida ou qualquer outro produto químico para exterminar o escorpião. Para ter esse efeito sobre o escorpião, é necessária uma quantidade muito grande do produto, o que pode prejudicar a sua saúde e a saúde dos demais e dos animais domésticos, além de desalojar os escorpiões e aumentar o risco de acidente;
  • Para visualizar o escorpião, caso esteja escondido, utilize um graveto ou um objeto longo e fino, de superfície lisa para empurrá-lo até um local onde possa coletá-lo com o frasco. Mantenha uma distância de mais de 30 cm entre sua mão e a ponta do objeto com o qual irá tentar capturar o animal. Caso o escorpião agarre o objeto, despreze-o e não chacoalhe, na tentativa de soltar o animal e nem tente tirá-lo com a mão;

P R E V E N Ç Ã O

    D E N T R O D E C A S A          

. Feche buracos, vãos e frestas das paredes e do chão.

. Coloque telas em todos os ralos do chão e de lavatórios. ou utilize ralos protetores.

. Evite andar descalço.

. Vedar com proteção as soleiras e vãos das portas e janelas.

. Observe com cuidado sapatos e roupas, brinquedos antes de usá-los.

. Afaste camas e berços das paredes e evite colocar roupas no chão.

. Mantenha sempre o controle de baratas e outros insetos.

MANEJO AMBIENTAL

. Conserve o  quintal,  jardim,  garagem,  porão livres de entulhos, madeiras, folhas,  lixo  ou outros materiais.

. O lixo deve ser fechado em sacos para evitar baratas e outros insetos. Coloque  os  sacos  de lixo na rua somente na hora que o coletor de resíduos for passar.

. Não coloque a mão em buracos no solo, fendas em árvore ou paredes.

. Nunca deixe coisas velhas acumuladas em volta da casa, principalmente restos de construção.

. Material de construção, madeiras e  garrafas devem ser empilhados longe do chão, da parede e do teto, em local bem arejado.

. Use luvas grossas ao manusear  entulhos  ou restos de materiais de construção.

. Evite ter plantas ornamentais densas, arbustos e trepadeiras junto a paredes  e  muros  da  sua casa.

. Na  área  rural,  tome  cuidado  com  barrancos, cupinzeiros e troncos de árvores abandonados.

Após ser Picado por Escorpiões

Primeiros Socorros

. Limpar o local da picada com água e sabão e aplicar compressa de água morma para diminuir a dor.

. Procurar o ATENDIMENTO COM URGÊNCIA.

. Com segurança e desde que não leve muito tempo para capturar o animal e levá-lo ao serviço de saúde. Para isso, use pinça longa ou algo semelhante e pote com tampa. Ou fotografe-o.

O QUE NÃO DEVE SER FEITO NO LOCAL DA PICADA

Torniquete ou garrote, furar, cortar, queimar, espremer e nem fazer sucção no local da ferida.

Água fria ou gelo acentua ainda mais a dor. Nenhuma substância pode ser aplicada no ferimento da picada.

Sintomas

As pessoas que mais sentem a ação do veneno são as crianças e por isso podem ir a óbito.

A dor no local aparece logo após a picada. Em crianças ocorrerá inicialmente choro intenso e abrupto devido à dor. O local da picada pode ficar vermelho, inchado e com suor. A dor pode irradiar para o braço ou perna, com aumento dos batimentos cardíacos e da respiração.

O suor aumenta e a criança alterna sonolência com agitação, passa a tremer e babar. Depois disso vem o vômito. Há situações em que após a picada, vem a dor e o vômito, de maneira muito rápida, antes mesmo que se perceba os sintomas anteriores.

ATENDIMENTO MÉDICO

PARA CRIANÇAS ATÉ 10 ANOS

Deve-se levar a criança o mais rapidamente possível a Unidade de Saúde referência para o atendimento e tratamento médico.

Caso não seja possível, procure um Pronto Atendimento, Pronto Socorro ou Hospital que for mais próximo.

EM RIO CLARO: PA – PRONTO ATENDIMENTO DA AVENIDA 15

PARA AS DEMAIS PESSOAS

Deve-se procurar o quanto antes o Serviço de Saúde mais próximo, preferencialmente um Pronto Atendimento, Pronto Socorro ou Hospital.

UPAS 29 E CERVEZÃO

Se necessário, ligue para  o SAMU pelo 192, pois há urgência no atendimento às crianças com picada de escorpião.

Mitos e Verdades

C R E N Ç A S E P E R G U N T A S F R E Q U E N T E S S O B R E O S E S C O R P I Õ E S

O E S C O R P I Ã O A T A C A ?        

Não. O escorpião ferroa apenas para se defender, ou seja, quando alguém coloca  a  mão  ou  encosta-se  nele intencionalmente ou sem perceber.

T O D O E S C O R P I Ã O É V E N E N O S O ?

Sim. Todos os escorpiões possuem veneno e capacidade de injetar este veneno. A diferença entre as espécies perigosas e não perigosas está na ação deste veneno no homem.

O E S C O R P I Ã O U S A T O D O S E U V E N E N O E M UMA Ú N I C A P I C A D A ?

Não. Ele nunca utiliza todo seu veneno em uma única picada e pode causar um segundo acidente imediatamente após o primeiro. Pode também picar e não inocular veneno, causando um acidente assintomático ou “picada seca”.

O U S O D E V E N E N O S M A T A O S  E S C O R P I Õ E S ?

Não. Os escorpiões se tornaram resistentes aos venenos e o cheiro atua somente para desaloja-los de seus esconderijos, podendo aparecer mais escorpiões, consequentemente maior risco de acidentes.

S E E U E N C O N T R A R U M E S C O R P I Ã O E M C A S A, S I G N I F I C A Q U E

E N C O N T R A R E I O U T R O S ?

Provavelmente sim, porque a área urbana favorece o aparecimento em bastante quantidade.

E X I S T E M   P R E D A D O R E S P A R A O S E S C O R P I Õ E S ?

Sim. os predadores do escorpião são: gambás, lacraias, sapos, gaviões, corujas, macacos, lagartos e camundongos, entre outros.

Fonte: Lúcia Henriques luahenri@gmail.com – Pesquisadora Científica da Secrtetaria do Estado de Saúde do Estado de São Paulo

LEISHMANIOSE

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De 08 a 12 de Setembro – Semana de prevenção à Leishmaniose

Doença infecciosa, porém, não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. Os parasitas vivem e se multiplicam no interior das células que fazem parte do sistema de defesa do indivíduo, chamadas macrófagos. Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior freqüência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. Essa forma de leishmaniose é conhecida como “ferida brava”. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois, acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea. Esse tipo de leishmaniose acomete essencialmente crianças de até dez anos; após esta idade se torna menos freqüente. É uma doença de evolução longa, podendo durar alguns meses ou até ultrapassar o período de um ano.

Transmissão:

A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos (que se alimentam de sangue) conhecidos como flebótomos ou flebotomíneos. Os flebótomos medem de 2 a 3 milímetros de comprimento e devido ao seu pequeno tamanho são capazes de atravessar as malhas dos mosquiteiros e telas. Apresentam cor amarelada ou acinzentada e suas asas permanecem abertas quando estão em repouso. Seus nomes variam de acordo com a localidade; os mais comuns são: mosquito palha, tatuquira, birigüi, cangalinha, asa branca, asa dura e palhinha. O mosquito palha ou asa branca é mais encontrado em lugares úmidos, escuros, onde existem muitas plantas.

As fontes de infecção das leishmanioses são, principalmente, os animais silvestres e os insetos flebotomíneos que abrigam o parasita em seu tubo digestivo, porém, o hospedeiro também pode ser o cão doméstico e o cavalo.

Na leishmaniose cutânea os animais silvestres que atuam como reservatórios são os roedores silvestres, tamanduás e preguiças. Na leishmaniose visceral a principal fonte de infecção é a raposa do campo.

Sintomas:

– Leishmaniose visceral: febre irregular, prolongada; anemia; indisposição; palidez da pele e ou das mucosas; falta de apetite; perda de peso; inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.
– Leishmaniose cutânea: duas a três semanas após a picada pelo flebótomo aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.

Diagnóstico e Tratamento:

O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. Sua detecção e tratamento precoce devem ser prioritários, pois ela pode levar à morte.

Para os cães acometidos pela doença, já existe tratamento autorizado no país, conforme Nota Técnica nº 11/2016, devendo ser prescrito e acompanhado por médico veterinário.

Prevenção:

– evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata;
– fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde;
– evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata;
– utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença;
– usar mosquiteiros para dormir;
– usar telas protetoras em janelas e portas.

Outras medidas importantes são manter sempre limpas as áreas próximas às residências e os abrigos de animais domésticos; realizar podas periódicas nas árvores para que não se criem os ambientes sombreados; além de não acumular lixo orgânico, objetivando evitar a presença mamíferos comensais próximos às residências, como marsupiais e roedores, que são prováveis fontes de infecção para os flebotomíneos.

Não há vacina contra as leishmanioses humanas. As medidas mais utilizadas para a prevenção e o combate da doença se baseiam no controle de vetores e dos reservatórios, proteção individual, diagnóstico precoce e tratamento dos doentes, manejo ambiental e educação em saúde. Há vacinas contra a leishmaniose visceral canina licenciadas no Brasil e na Europa, mas o Ministério da Saúde do Brasil não adota a vacinação canina como medida de controle da leishmaniose visceral humana. Os resultados do estudo apresentado pelo laboratório produtor da vacina atendeu às exigências da Instrução Normativa Interministerial nº 31/2007, o que resultou na manutenção de seu registro pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

Procedimento para notificação de casos de leishmaniose visceral e tegumentar para médicos veterinários particulares

  1. Informar ao ccz por meio de e-mail, com histórico e anamnese do animal, tratamento utilizado , exames realizados (caso houver) , dados do animal, do proprietário, e o que motivou a suspeita clínica  para a doença. Notificar é informar uma suspeita ao orgão público.
  2. Informar crmv e nome completo no email
  3. A partir do momento que o ccz é notificado, as ações de busca ativa , pesquisa de flebotomíneo, são conduzidas de acordo com o manual de vigilancia e controle de leishmaniose visceral. Ao médico veterinário particular que notificou a suspeita fica a cargo de conduzir o tratamento clínico ( caso o proprietário assim tenha optado) ou de realizar a eutanásia e encaminhar o corpo do animal ao ccz. Médico veterinário particular não determina conduta das ações do município e nem sobre o que pode ou não ser feito ao tutor desse animal.
  4. Avisar ao proprietário que o ccz estará entrando em contato para realizar o agendamento da sorologia
  5. A sorologia para esse exame é gratuita e feita pelo ccz. O exame é realizado pelo laboratório adolf lutz. Seus resultados são enviados conforme demanda do laboratório que realiza outros exames de referência na rede.
  6. A notificação é o meio mais importante para o ccz saber onde pode haver um cão suspeito ou positivo, para no futuro, realizar a pesquisa de flebotomíneo.
  7. O tratamento com o milteforam é permitido, desde que o proprietário e clínico veterinário sigam os protocolos de tratamento pelo medicamento do ccz.
  8. A eutanásia pelo ccz é realizada quando o animal não responde ao tratamento  fornecido pelo clínico particular, ou se recusa a realizar o tratamento.

Fontes:

Fundação Nacional de Saúde. O que são leishmanioses?

Fundação Oswaldo Cruz. Glossário de doenças
Ministério da Saúde. Saúde de A a Z

Dra. Maria Emilia Canoa de Godoy – Veterinária CCZ